O Snipe é um simples Cocker
Spaniel com 16 meses de idade, um farejador por excelência, que graças ao
treino de que foi alvo por parte de alguns veteranos do exército britânico, se
transformou no primeiro cão inglês a detectar fugas de água e canalização
danificada, vindo por isso a ser contratado pela United Utilities, empresa
que abastece de água três milhões de casas no noroeste, que necessitava de um
colaborador assim para detectar fugas de água no campo e em zonas húmidas, onde
são de difícil detecção, já que possui 26.000 milhas de canos e repara à volta
de 27.000 fugas por ano.
O dono do Snipe, o Sr.
Ross Stephenson, de 32 anos de idade, gerente da Cape SPC, uma empresa que
se dedica ao extermínio de pragas em Liverpool, acompanhou os seus primeiros
passos laborais. O cão foi treinado com água da torneira normal que depois foi
reforçada com níveis de cloro mais altos. Habitualmente eram colocados na
frente do Cocker oito copos e só um tinha água com cloro. Sempre que o cão
acertava, era-lhe dada uma bola de ténis para brincar como recompensa.
Depois que o acerto do cão
se tornou absoluto, o seu treinador colocou os copos em diferentes ecossistemas
(locais), acabando por usar somente água da torneira, derramando-a depois no
solo para que o cão a procurasse, treino que transformou o Snipe num excelente
detector de cloro, o que não é assim tão fácil, considerando que a água da
torneira tem uma parte de cloro por um milhão de partes de água.
Já na “guerra química” que
aconteceu na I Guerra Mundial, alguns cães tornaram-se especialistas na
detecção do gás cloro que covardemente invadia a trincheiras, avisando os
soldados alguns momentos antes da sua chegada, o tempo suficiente para que colocassem
as suas máscaras e poupassem as suas vidas.
E como as conversas são
como as cerejas, sempre que proceder a grandes ou demoradas desinfecções com lixívia,
faça-o munido de uma protecção para os olhos, boca e nariz, debaixo do maior
arejamento possível e interrompa os trabalhos de 5 em 5 minutos para respirar
ar puro, particularmente se usar aparelhos micro difusores como pulverizadores
ou máquinas de pressão. Por experiência própria ficámos a saber que o cloro
intoxica as suas vítimas quase sem se dar por isso - somente quando queremos
respirar e não conseguimos, o que poderá ser tarde mais.
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