sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O MUNDO À NOSSA VOLTA: TRUMP, CLINT EASTWOOD E OS PROFESSORES PISTOLEIROS

Quando se fala em democracia nenhuma é tão inspiradora quanto a norte-americana, apesar das europeias serem mais justas, solidárias e seguras. É possível que a diferença das últimas tenha a ver com a Idade Média, experiência que a grande nação americana não teve. Contudo, sem o contributo da América, dificilmente viveria a Europa em democracia. Como aconteceu nos grandes impérios e nações do passado, de quando em vez aparecem políticos na América que pouco ou nada têm a ver com a democracia e o estado de direito, que são apenas iguais a si próprios, figuras como a de Donald Trump que é uma verdadeira caricatura, quer abra ou feche a boca.
Uma das últimas que soltou, relativa à segurança nas escolas, foi a de apelar ao armamento dos professores, que passariam a andar com armas ocultas, provavelmente escondidas nas algibeiras, o que não evitaria os massacres e enriqueceria ainda mais os fabricantes e vendedores de armas pela maior procura (se algum político europeu dissesse um disparate destes, seria imediatamente demitido pelo escândalo e internado por manifesta insanidade). Mal acabou de dizer isto na televisão, lembrei-me imediatamente de Clint Eastwood e do filme “Pale Rider“, um western de 1985, onde o actor para além de realizador é também protagonista, encarnando a personagem de um pregador justiceiro, um cavaleiro não muito distante dos adiantados no Livro Sagrado do Apocalipse quanto ao carácter da sua missão.
Professores pistoleiros? Não haverá polícia e empresas de segurança nos Estados Unidos? O controlo apertado nos aeroportos norte-americanos parece não deixar dúvidas a ninguém! Será que Trump quer combater a violência com a violência para não mexer nos interesses instalados? Quanto vale a vida de um norte-americano? Se o governo de Donald Trump não garante a segurança interna dos seus concidadãos para que servirá? Para quando uma verdadeira política de restrição ao armamento? 
Caso Trump persista em contratar professores pistoleiros só lhe resta uma alternativa: contratar combatentes curdos envolvidos no conflito sírio que saibam falar inglês e que tenham alguma formação, os mesmos que a Turquia nem quer ver pintados! Decididamente não nos revemos neste septuagenário germano-escocês, é ruim demais para isso! Pena é que tenha nascido no Distrito nova-iorquino de Queens, Catarina de Bragança não merecia como afilhado tal enjeitado, especialmente depois de ter ensinado os ingleses a beber chá e a comer de faca e garfo.   

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