quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

SABE QUANDO O SEU CÃO ESTÁ COM DORES?

Os sinais ou manifestações de dor nos cães diferem de raça para raça e de indivíduo para indivíduo, havendo-os mais ou menos resistentes à dor e outros até capazes de simulá-la para alcançarem os seus intentos pelo excessivo mimo que sustenta a manha. Apesar de não ser fácil identificar se um cão está com dores ou não, porque os seus sinais ou sintomas são menos evidentes que os nossos, eles são visíveis e importa conhecê-los para melhor valer aos cães.
Os sinais mais comuns são: alteração das expressões orais, limpeza compulsiva de uma parte do corpo, alteração dos hábitos diários, respiração irregular, frequente abrir e fechar de olhos, pupilas dilatadas, dificuldades em descansar, problemas locomotores, novidade de posturas para defecar e urinar, alterações de humor e comportamento agressivo. Estes sinais podem acontecer isolados ou combinados e ter diferentes significados.    
Alguns cães quando sentem dores tendem a alterar as sua “vozes” para captar a atenção dos donos, grunhido, gemendo ou uivando para serem socorridos. O lamber constante de uma parte do corpo, mesmo que ali não haja uma ferida visível, é também um sinal inequívoco de dor e é possível que esta até possa ser interna. A alteração dos hábitos diários, manifesta na perca de apetite, na ingestão de maior quantidade de água e na necessidade de dormir mais, é também um sinal inequívoco de dor.
As alterações na respiração, sem razão de esforço, são também sinal de que algo não vai bem, pois não é natural que um cão transite gratuitamente de uma frequência respiratória normal para uma ofegante. Também o pestanejar constante do animal é um indicador de dor. Sê-lo-á nos olhos se as pupilas permanecerem pequenas (as dores noutras partes do corpo tendem a dilatar as pupilas). Alguns cães quão são atribulados por dores fortes (o mesmo acontece connosco) não encontram uma posição em que se sintam confortáveis, apresentando dificuldades para se sentarem ou deitarem.
Um dos sinais mais evidentes de dor é aquele que leva à alteração dos movimentos dos cães, alteração essa que pode resultar em rigidez, cambaleio, claudicação, dificuldades no apoiar das patas, etc.. Também a adopção de novas posturas para defecar e urinar indicia nos cães a existência de dor. A existência de dor nos cães é também responsável por alterações no seu humor, que por sua vez levam a alterações de comportamento (o cão que não saía do nosso lado, passa a esconder-se e vice-versa; que era manso até ali, passa a ser agressivo; foge às festas; parece deprimido, mostra-se desinteressado; não quer sair de casa e não mostra nenhum entusiasmo quando é chamado).
Para se certificar que as mudanças no comportamento habitual do seu cão resultam de um estado doloroso que atravessa, caso não seja visível qualquer ferida, tente localizar à área dorida, percorrendo e tocando o corpo do animal firme e cuidadosamente (não se esqueça que a dor pode torná-lo agressivo e poderá vir a morder quem lhe tocar no local afectado pela dor). As principais causas de dores nos cães provêm de diferentes cancros, processos pós-operatórios, problemas articulares, dentários e traumatismos vários.
Perante a identificação dos sinais que adiantámos, resta aos donos responsáveis e observadores que levem quanto antes os seus cães ao veterinário, onde as causas da dor serão melhor determinadas e avaliadas, identificação que contribuirá decisivamente para o alívio rápido e recuperação dos animais.   

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