sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

JÁ SÃO 14% E A TENDÊNCIA É PARA AUMENTAR!

Para não se perder o fio à meada, comecemos pelo princípio. Hannah Edwards (na foto abaixo), gerente do marketing da Freshpet, empresa americana que produz alimentos congelados e guloseimas para cães e gatos, levou a cabo uma pesquisa via Onepoll.com no Reino Unido que abrangeu 2.000 proprietários de pets. Entre outras conclusões, umas esperadas e outras não, 3 em cada 10 adultos entrevistados afirmaram que os seus cães e gatos são melhores ouvintes que os seus parceiros, facto que a ninguém espanta, porquanto não falam e não desgrudam!
Mas vamos a mais números: 42% dos inquiridos abraçam e beijam mais os seus pets que os seus companheiros humanos, 33% publicam mais fotos dos seus cães e gatos do que dos parceiros nas redes sociais e o mais estranho de tudo isto: 14% preferem um pet a um companheiro humano! Esta estranha tendência, que se vem acentuando também entre nós, sustentada pelo narcisismo e pelo hedonismo, que não se cansa de atribuir inusitadas qualidades humanas aos animais que nos cercam, é mais um duro golpe na sociedade, nas famílias e no que elas representam, porquanto põe em causa o futuro da humanidade.
Nos lares portugueses actuais, à medida que a taxa natalidade diminui, cresce o número de cães e gatos no seu seio, porque não são poucos os que optam por animais ao invés de filhos, cães e gatos que são agora tratados como meninos e meninas consoante sejam machos ou fêmeas. E como de uma insanidade se salta sem dificuldade para outra, há quem diga para uma criança que olhe pelo “mano”, referindo-se ao cachorro que os acompanha!
A gravidade destas toleimas tem vindo a ser responsável por um número cada vez maior de cães manhosos, que na ausência de uma liderança efectiva e perante um estatuto de paridade, não hesitam em carregar sobre quem os serve e para cima de quem com eles se cruza, incluindo-se infelizmente aqui crianças e idosos, os do agregado familiar e os alheios, conforme notícias recorrentes para lá do Canal Inglês.
No calendário chinês este ano é “ O Ano do Cão de Terra”, será que o nosso século, diante de tanto disparate, virá também a chamar-se “O Século do Cão”? Esperemos que não! Gostar de cães não é fazer deles pessoas, é compreendê-los tal qual são e ir ao encontro das suas necessidades, criá-los, alimentá-los, ensiná-los, recompensá-los e liderá-los em prol do seu bem-estar físico e social, para que possam ser respeitados e viver mais tempo ao nosso lado, valendo em simultâneo àqueles que entre nós necessitam da sua ajuda.
Neste mundo às avessas e como param as modas, não me custa acreditar que ainda surja alguém a reclamar o tratamento de cônjuge para o seu adorado cão ou gato! É só o que falta e as más-línguas dizem que não demora! Estarão elas enganadas? 

Sem comentários:

Enviar um comentário