Com baixa pressão na Serra
e com maré-vazia, adivinhava-se a presença da chuva neste Sábado, dia que
escolhemos para mais um passeio urbano com o intuito de melhor adequarmos os
nossos cães. A determinada altura das actividades deparámo-nos com velho e
solitário pescador, que um pouco alheado de tudo e de todos, comia rezingão a
sua “bóia”. Personagens vernáculas destas irão desaparecer gradualmente até
pertencerem a algum registo de museu. Pedimos ao velho lobo-do-mar, homem de
mil histórias e nem todas felizes, que nos segurasse na SRD Hope para a foto,
pedido a que não escusou e que aproveitou para se tornar líder e cúmplice do
animal (foto acima). Na foto abaixo podemos ver o CPA Blaze junto dum manequim
bastante ousado, que se prestava a exposição de uma gola de pele artificial
para casaco de senhora.
Com a marina às moscas e
sem os turísticos “mirones” de fim-de-semana, fomos para o Rio na esperança de
nele desenvolvemos alguma actividade, ensejo que não vimos cumprido por
ausência também dos pescadores, que durante a madrugada carregaram a lota de
peixe e que depois se refugiaram em casa, deixando alguns barcos em doca seca.
No passeio fluvial
aproveitámos para tirar algumas fotos com os cães, aproveitando algumas das
esculturas ali existentes. Na foto abaixo podemos ver a classe de instrução sob
um grande golfinho e também o cuidado do Nuno Falé em segurar a CPA Haia, que
hoje esteve particularmente endiabrada e de dente afiado.
Com a vida a correr-lhe de
feição e com a calma que lhe é característica, O CPA Blaze podia ficar junto ao
golfinho que lhe calhou por tempo indeterminado, desde que o sol não rompesse e
o calor não se fizesse sentir. Como bom exemplar negro que é, evolui sem ser
ouvido e cobre muito terreno, tem um alto sentido de responsabilidade e é de
fácil condução.
Na marina preocupámo-nos
em familiarizar os nossos cães com as plataformas flutuantes que a cercam e lhe
dão acesso. Uns mais depressa que outros, todos se acostumaram à novidade sem
maior resistência, muito embora o CPA Bor se incomodasse com a oscilação dos
barcos junto ao cais. Depois de terminado esse trabalho colocámos a CPA Haia
dentro de uma “chata” e a cadela pareceu gostar do embalo.
E como todos careciam da
mesma experiência, acabámos por colocar dentro daquela pequena embarcação três
dos quatro binómios em excursão. Condutores e cães adaptaram-se depressa,
ninguém caiu ao rio e a SRD Hope até serviu de “Carranca”.
Particularmente enxofrados
um com o outro, andaram os CPA’s Bor e Haia, porque o primeiro ladra a tudo e a
todos e não pára quieto e a última entende que o há-de pôr na ordem, acostumada
que anda a mandar na matilha lá de casa. Para lembrar os seus donos acerca do
trabalho a haver, tirámos uma foto dos dois junto ao anúncio de uma bebida
alcoólica com um nome mesmo a propósito – “DESPERADOS”.
Mesmo na ponta final das
nossas actividades, como dizia o nosso amigo Filipe Pereira, a chuva apareceu e
impediu que todos fizessem o exercício proposto, que consistia em convidar os
cães para subirem uma rampa de skate e serem recompensados pelos
donos, manobra que visava melhorar a capacidade de impulsão de cada um dos
animais. Assim, só o binómio João Graça/Hope conseguiu resolver o exercício, enquanto
os outros andaram por lá literalmente a fazer “sku”.
Participaram nos trabalhos
seguintes binómios Adestrador/Blaze, João Graça/Hope, Nuno Falé/Haia e Paulo
Motrena/Bor. Para a semana há mais e, se é para vir chuva, que venha e em força
porque estamos carentes dela.
Sem comentários:
Enviar um comentário