sábado, 17 de fevereiro de 2018

O VELHO LOBO DO MAR E A AMIGA DE OCASIÃO

Com baixa pressão na Serra e com maré-vazia, adivinhava-se a presença da chuva neste Sábado, dia que escolhemos para mais um passeio urbano com o intuito de melhor adequarmos os nossos cães. A determinada altura das actividades deparámo-nos com velho e solitário pescador, que um pouco alheado de tudo e de todos, comia rezingão a sua “bóia”. Personagens vernáculas destas irão desaparecer gradualmente até pertencerem a algum registo de museu. Pedimos ao velho lobo-do-mar, homem de mil histórias e nem todas felizes, que nos segurasse na SRD Hope para a foto, pedido a que não escusou e que aproveitou para se tornar líder e cúmplice do animal (foto acima). Na foto abaixo podemos ver o CPA Blaze junto dum manequim bastante ousado, que se prestava a exposição de uma gola de pele artificial para casaco de senhora.
Com a marina às moscas e sem os turísticos “mirones” de fim-de-semana, fomos para o Rio na esperança de nele desenvolvemos alguma actividade, ensejo que não vimos cumprido por ausência também dos pescadores, que durante a madrugada carregaram a lota de peixe e que depois se refugiaram em casa, deixando alguns barcos em doca seca.
No passeio fluvial aproveitámos para tirar algumas fotos com os cães, aproveitando algumas das esculturas ali existentes. Na foto abaixo podemos ver a classe de instrução sob um grande golfinho e também o cuidado do Nuno Falé em segurar a CPA Haia, que hoje esteve particularmente endiabrada e de dente afiado.
Com a vida a correr-lhe de feição e com a calma que lhe é característica, O CPA Blaze podia ficar junto ao golfinho que lhe calhou por tempo indeterminado, desde que o sol não rompesse e o calor não se fizesse sentir. Como bom exemplar negro que é, evolui sem ser ouvido e cobre muito terreno, tem um alto sentido de responsabilidade e é de fácil condução.
Na marina preocupámo-nos em familiarizar os nossos cães com as plataformas flutuantes que a cercam e lhe dão acesso. Uns mais depressa que outros, todos se acostumaram à novidade sem maior resistência, muito embora o CPA Bor se incomodasse com a oscilação dos barcos junto ao cais. Depois de terminado esse trabalho colocámos a CPA Haia dentro de uma “chata” e a cadela pareceu gostar do embalo.
E como todos careciam da mesma experiência, acabámos por colocar dentro daquela pequena embarcação três dos quatro binómios em excursão. Condutores e cães adaptaram-se depressa, ninguém caiu ao rio e a SRD Hope até serviu de “Carranca”.
Particularmente enxofrados um com o outro, andaram os CPA’s Bor e Haia, porque o primeiro ladra a tudo e a todos e não pára quieto e a última entende que o há-de pôr na ordem, acostumada que anda a mandar na matilha lá de casa. Para lembrar os seus donos acerca do trabalho a haver, tirámos uma foto dos dois junto ao anúncio de uma bebida alcoólica com um nome mesmo a propósito – “DESPERADOS”.
Mesmo na ponta final das nossas actividades, como dizia o nosso amigo Filipe Pereira, a chuva apareceu e impediu que todos fizessem o exercício proposto, que consistia em convidar os cães para subirem uma rampa de skate e serem recompensados pelos donos, manobra que visava melhorar a capacidade de impulsão de cada um dos animais. Assim, só o binómio João Graça/Hope conseguiu resolver o exercício, enquanto os outros andaram por lá literalmente a fazer “sku”.
Participaram nos trabalhos seguintes binómios Adestrador/Blaze, João Graça/Hope, Nuno Falé/Haia e Paulo Motrena/Bor. Para a semana há mais e, se é para vir chuva, que venha e em força porque estamos carentes dela.

Sem comentários:

Enviar um comentário