Pedro Dias, agora em
julgamento no Tribunal da Guarda, que é acusado pela prática de dois crimes de
homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio
qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro, também conhecido
como serial
killer de Aguiar da Beira e que andou fugido às autoridades durante 28
dias, quando inquirido pelo Juiz acerca da posse de arma ilegal, justificou-se
dizendo que a arma servia para afastar uns “cães selvagens” que atacavam os
seus rebanhos.
Não
sabemos a que canídeos selvagens se estava referir, porque lobos ali já não há
e custa-nos a acreditar que algum mabeco lá fosse parar, depois de árdua
travessia pelo Estreito de Gibraltar. As únicas hipóteses plausíveis apontam
para uma matilha de cães vadios ou para outra espontânea de donos descuidados.
De qualquer modo a desculpa parece-nos esfarrapada, porque depois dos tiros
teria que juntar as ovelhas e/ou cabras a cavalo, porque uma vez assustadas não
iriam parar perto.
Julgamos
que a arma se destinava a abater os fantasmas de Pedro Dias, porque ao invés de
afugentar cães selvagens, tomou agentes da autoridade e civis indefesos como
tal. Haverá algo a que os cães não se prestem? Será que a saga do cão selvagem
renderá a fábula do lobo mau, agora que os lobos estão em vias de extinção?
Pedro Dias diz que sim e ele é um hábil e perigoso contador de histórias.
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