sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

OS CÃES SELVAGENS DE PEDRO DIAS

Pedro Dias, agora em julgamento no Tribunal da Guarda, que é acusado pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro, também conhecido como serial killer de Aguiar da Beira e que andou fugido às autoridades durante 28 dias, quando inquirido pelo Juiz acerca da posse de arma ilegal, justificou-se dizendo que a arma servia para afastar uns “cães selvagens” que atacavam os seus rebanhos.
Não sabemos a que canídeos selvagens se estava referir, porque lobos ali já não há e custa-nos a acreditar que algum mabeco lá fosse parar, depois de árdua travessia pelo Estreito de Gibraltar. As únicas hipóteses plausíveis apontam para uma matilha de cães vadios ou para outra espontânea de donos descuidados. De qualquer modo a desculpa parece-nos esfarrapada, porque depois dos tiros teria que juntar as ovelhas e/ou cabras a cavalo, porque uma vez assustadas não iriam parar perto.
Julgamos que a arma se destinava a abater os fantasmas de Pedro Dias, porque ao invés de afugentar cães selvagens, tomou agentes da autoridade e civis indefesos como tal. Haverá algo a que os cães não se prestem? Será que a saga do cão selvagem renderá a fábula do lobo mau, agora que os lobos estão em vias de extinção? Pedro Dias diz que sim e ele é um hábil e perigoso contador de histórias. 

Sem comentários:

Enviar um comentário