Na recente visita que
empreendeu a S. Tomé e Príncipe, entre passos de dança, beijinhos e abraços,
Marcelo Rebelo de Sousa, o mais afectivo Presidente da República Portuguesa de
que há memória, ainda arranjou tempo para depositar uma coroa de flores no
Monumento dos Mártires da Liberdade em Fernão Dias, monumento inaugurado em 2016
e que homenageia as vítimas do Massacre de Batepá, ocorrido à 65 anos atrás, a
3 de Fevereiro de 1953.
Saberá porventura a
esmagadora maioria do povo português o que Marcelo ali homenageou?
Dificilmente, porque tal acontecimento tem sido sistematicamente abafado para não ferir
susceptibilidades e nunca foi do domínio público. Então o homem foi lá prestar
homenagem em nome de Portugal e dos portugueses a algo que o País ignora e o
seu povo desconhece! Não teria sido melhor, antes da dita visita e daquele acto
solene, que a Presidência da República tivesse explicado a razão e propósito
daquela efeméride? Conseguirá a hipocrisia apagar a ignorância? Terão os
santomenses alguma coisa a esconder? Marcelo está cada vez mais igual a si
próprio e bem poderá dizer: Eu sou o País e o País sou eu!
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