É possível que logo a
seguir ao Facebook, os cães sejam nas cidades a rede social mais em uso, porque
através deles estabelecem-se amizades, criam-se grupos como o mesmo interesse,
programam-se actividades conjuntas, acontecem namoros, casamentos e também
alguns divórcios.
O sair com o cão à rua tornou-se um acto de reinserção social,
porque os proprietários caninos tendem a aproximar-se uns dos outros e a
conviverem de modo descontraído, “ao vivo e a cores” tal qual são, pormenor que
torna esses contactos mais seguros do que os havidos em qualquer rede social,
onde a burla escorre às carradas e as más intenções valem-se do sistema.
Este novo e crescente
hábito de convivência através dos cães está também a fazer três coisas
extraordinárias: a recuperar o diálogo intergeracional, a contribuir para o bem-estar
dos mais idosos e a congregar pessoas de diferentes categorias sociais. Aqui as
coisas passam-se assim, é bem possível que aconteçam doutro modo noutros
países, onde os proprietários caninos ficarão de costas uns para os outros
enquanto os cães se divertem.
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