Faleceu Quarta-feira em
Londres um sem-abrigo português de 35 anos, natural de Lisboa, que foi
encontrado sem vida na estação do metro de Westminster, perto do Parlamento Britânico.
O Líder do Partido trabalhista, Jeremy Corbyn, decidiu colocar um cartão e um
ramo de flores no local onde o famigerado português foi encontrado morto. Para
além de considerar esta morte desumana, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da
República Portuguesa, decidiu mandar uma mensagem de agradecimento a Jeremy
Corbyn pela homenagem prestada àquele “portuguese homeless”.
O finado lisboeta e
português, segundo um dos grupos de contacto da autarquia de Westminster que
lhe deu apoio, já havia trabalhado como modelo e na restauração, adorava cantar
e andava à procura de emprego. Ir para Inglaterra à sorte pode ser o cúmulo dos
azares, porque a vida por lá não está fácil, a xenofobia e o racismo proliferam
entre os mais ignorantes, os emigrantes não são bem-vindos e o chauvinismo
inglês é por norma cruel, cego e avesso a mudanças.
Para além dos salamaleques
dos políticos e das costumeiras lamentações sobra um cadáver, que deveria ser
sepultado em solo pátrio, acto que nada adiantaria ao defunto mas que seria de
grande significado para os portugueses vivos, um claro sinal de que o governo
está com o Povo e que todos somos importantes, nomeadamente os julgados menos
aptos, desafortunados e indigentes, que os há também ingleses e em maior número,
apesar de não terem melhor sorte. Poupem no "Guronsan", comam menos, deixem os
carros na garagem, sejam menos generosos nos favores, vão de férias cá dentro e tragam o homem para Portugal.
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