Quem
vai da Europa para o Brasil com o intuito de fazer algum negócio, sabe que
quase todos os impedimentos legais podem ser contornados, que há sempre um modo
de resolver as coisas sem ter a lei à perna e sem ninguém se magoar, um
jeitinho característico que aumenta o grosso da corrupção, mas que por ser ali tão
natural não causa escândalo a ninguém. Este “jeitinho”, tornado tão popular
quanto o samba, acaba por ser adoptado por todas as classes sociais, o que não
raramente gera autodidactas e profissionais que nunca o foram. Penso que a
história seguinte, que envolve a tosquia de um pequeno cão, de tão rocambolesca
que é, só pode ter sido perpetrada por um indivíduo com as características
atrás mencionadas.
Tudo aconteceu em São Paulo, quando Vanda de Souza mandou tosquiar o seu cão (na foto acima), recebendo-o depois triste, doloroso e com a ponta da língua cortada, o que de imediato impediu que bebesse e comesse. Triste e revoltada com a situação, a dona do animal contou tudo no Facebook e lançou o seguinte apelo a todos os proprietários caninos: “Cuide bem dos seus animais. Traga-os para alguém que faz o seu trabalho com amor.” Desde o incidente que o desafortunado animal não come não bebe. O nome do salão de tosquia não foi mencionado, mas devia, talvez por causa do dono da loja não se agradar da má publicidade. Todavia, o incidente chegou como uma bomba aos sites de notícias online sobre animais nas línguas portuguesa, francesa, inglesa e alemã.
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