Miséria
há-a por todo o lado, mas quando acontece na América Latina, parece ser mais
pungente e tocar-nos com maior intensidade, talvez por causa os laços culturais
e sanguíneos que nos unem e que o mar entre nós não consegue separar, muito
embora do outro lado Atlântico tudo seja mais emocional e passional, o que
sempre facilita a transição da alegria para a tragédia e do desafogo para a
miséria. Para não nos deixarmos abater, quando de trata de desgraças na América
Latina, inconsciente, munimo-nos de um escudo imaginário para nos defendermos,
que parece feito de gelo ao sol perante relatos reais como o seguinte.
No passado domingo, dia 22 de novembro, uma senhora que se encontrava a passear num parque na Cidade do México, encontrou um cão amarrado num banco de jardim, aparentando estar triste e abandonado. Ao olhar mais de perto e com atenção, viu uma folha de papel presa por uma pedra ao lado do animal. A folha tinha uma mensagem que parecia ter sido escrita por uma criança e que dizia: “Olá. Por favor, peço que você adopte o meu Max e cuide bem dele. Deixar o meu cachorro dói muito, mas eu tomei esta decisão porque os meus parentes abusaram dele e doeu vê-lo naquela situação. Então, se você ao ler isto se sentir comovido, adopte-o e cuide bem dele. Se não, por favor, deixe a carta aqui para que outra pessoa possa lê-la e adoptá-lo. Obrigado.” O que acabámos de relatar parece tirado de uma telenovela mexicana, mas não é ficção, é um episódio comovente e triste tirado da vida real.
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