Quando
sair com o meu cão à rua, se a sua boa forma física já teve dias melhores e não
está preparado para enfrentar um cão grande ou dois, o melhor que tem a fazer é
não se afastar muito dos aglomerados urbanos, por mais tentador que seja o
convite da natureza, porque os cães problemáticos são por norma soltos longe
das pessoas e dos outros cães. Mas se persistir em ir para uma floresta ou
bosque com o seu cão, não vá sozinho, procure alguém capaz de o acompanhar e
ajudar em caso de necessidade, porque a desventura sempre engorda com o
casamento da idade com a inexperiência. Este cuidado não teve um cidadão de
Butzbach, cidade alemã do estado de Hessen, que na passada sexta-feira por
volta das 15h40 decidiu ir passear com o seu cão à trela para a floresta abaixo
da montanha local, segundo fez saber a polícia hoje.
Enquanto
disfrutavam da bela paisagem que os rodeava, homem e cão foram subitamente
atacados por um Pastor Alemão preto de pêlo comprido e por um Labrador bege que
se encontravam soltos. “O homem de 66 anos caiu no chão, tentou proteger o seu
jovem cão e repelir o ataque dos cães o melhor que pôde", fez saber um
porta-voz da polícia. Em consequência deste ataque, o sexagenário sofreu vários
ferimentos e ao cair acabou por partir um perónio. O seu jovem cão também ficou
ferido em consequência de algumas dentadas. Afortunadamente, os cães agressores
soltaram o aposentado e o seu cão alguns momentos depois, desparecendo em
seguida para direcção desconhecida. O aposentado teve que ser internado no
hospital e a polícia anda agora a tentar localizar os dois cães, o seu
proprietário e testemunhas do incidente.
Pela descrição do ataque, os cães agressores não me parecem exageradamente perigosos, porque doutro modo teriam matado o outro cão e deixariam o seu dono muito mais mal tratado, ao invés de se terem posto em fuga. É possível que a surpresa tenha levado o aposentado a agir instintivamente e a proteger o seu cão, quando deveria tê-lo soltado, para que melhor se pudesse defender ou escapar-se, partindo depois para cima dos cães até que desistissem dos seus intentos e se pusessem em fuga, valendo-se da trela como ventoinha ou chicote, ou de algum tronco à mão. Cada vez mais, atendendo ao número de cães que por aí andam e à altíssima possibilidade de confrontos, é exigido aos proprietários caninos que sejam prudentes, previdentes e que antevejam aquilo que eventualmente os espera nas ruas, para que não sejam surpreendidos pelo mau-humor dos cães alheios, o que geralmente tem como consequência o envio dos donos para o hospital e a ida apressada dos cães para o veterinário – quando ambos se safam – o que nem sempre acontece!
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