terça-feira, 24 de novembro de 2020

ESTAVA MESMO A PEDI-LAS!

 

Quando sair com o meu cão à rua, se a sua boa forma física já teve dias melhores e não está preparado para enfrentar um cão grande ou dois, o melhor que tem a fazer é não se afastar muito dos aglomerados urbanos, por mais tentador que seja o convite da natureza, porque os cães problemáticos são por norma soltos longe das pessoas e dos outros cães. Mas se persistir em ir para uma floresta ou bosque com o seu cão, não vá sozinho, procure alguém capaz de o acompanhar e ajudar em caso de necessidade, porque a desventura sempre engorda com o casamento da idade com a inexperiência. Este cuidado não teve um cidadão de Butzbach, cidade alemã do estado de Hessen, que na passada sexta-feira por volta das 15h40 decidiu ir passear com o seu cão à trela para a floresta abaixo da montanha local, segundo fez saber a polícia hoje.

Enquanto disfrutavam da bela paisagem que os rodeava, homem e cão foram subitamente atacados por um Pastor Alemão preto de pêlo comprido e por um Labrador bege que se encontravam soltos. “O homem de 66 anos caiu no chão, tentou proteger o seu jovem cão e repelir o ataque dos cães o melhor que pôde", fez saber um porta-voz da polícia. Em consequência deste ataque, o sexagenário sofreu vários ferimentos e ao cair acabou por partir um perónio. O seu jovem cão também ficou ferido em consequência de algumas dentadas. Afortunadamente, os cães agressores soltaram o aposentado e o seu cão alguns momentos depois, desparecendo em seguida para direcção desconhecida. O aposentado teve que ser internado no hospital e a polícia anda agora a tentar localizar os dois cães, o seu proprietário e testemunhas do incidente.

Pela descrição do ataque, os cães agressores não me parecem exageradamente perigosos, porque doutro modo teriam matado o outro cão e deixariam o seu dono muito mais mal tratado, ao invés de se terem posto em fuga. É possível que a surpresa tenha levado o aposentado a agir instintivamente e a proteger o seu cão, quando deveria tê-lo soltado, para que melhor se pudesse defender ou escapar-se, partindo depois para cima dos cães até que desistissem dos seus intentos e se pusessem em fuga, valendo-se da trela como ventoinha ou chicote, ou de algum tronco à mão. Cada vez mais, atendendo ao número de cães que por aí andam e à altíssima possibilidade de confrontos, é exigido aos proprietários caninos que sejam prudentes, previdentes e que antevejam aquilo que eventualmente os espera nas ruas, para que não sejam surpreendidos pelo mau-humor dos cães alheios, o que geralmente tem como consequência o envio dos donos para o hospital e a ida apressada dos cães para o veterinário – quando ambos se safam – o que nem sempre acontece!

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