quarta-feira, 11 de novembro de 2020

AUTONOMIA E DIFERENTES MODOS DE EVOLUÇÃO

 

Tem sido um privilégio ensinar o FSM Doc, cão que foi criado exemplarmente, treinado de acordo com o seu particular etário e constantemente motivado e recompensado, condições suficientes para que evolua no adestramento acima do esperado. O carinho e a admiração que lhe dispensamos não nos leva a ser contemplativos, mas obriga-nos a equipá-lo eficazmente para a vida e para os seus desafios. Em simultâneo, diante da sua qualidade laboral, capacitámos este cão para um conjunto de habilidades na base de várias disciplinas cinotécnicas, que poderão torná-lo num animal melhor equipado e mais útil. Debaixo destas preocupações e responsabilidades, visando aumentar a sua autonomia funcional, desenvolvemos vários exercícios como o que consta na foto acima, onde o Doc é conduzido em liberdade e de modo nuclear num perímetro rectangular. Debaixo do mesmo propósito, também para robustecer-lhe o carácter, convidámo-lo a andar sobre o topo de um muro, conforme atesta o GIF seguinte.

Ainda não temos na nossa pista táctica uma “Passerelle de Linhas”, obstáculo que ensina novos modos de evolução aos cães, tirados a partir da novidade de apoios. Afortunadamente encontrámos um obstáculo similar no jardim onde treinávamos e aproveitámos a oportunidade. Neste caso, o obstáculo é constituído por dois carris paralelos com 7cm de largura e espaçados entre si de 18 cm. Nele importa condicionar o cão a não se desequilibrar e a avançar sempre sobre os carris, conforme elucida o GIF seguinte.

Mais pelo prazer que dá do que por necessidade do animal, quiçá a pensar num melhor aproveitamento do seu esforço, o Adestrador sempre acaba por introduzir o Doc às novas tarefas conforme se pode ver acima, passando depois o cão para as mãos do dono já “com o serviço adiantado”. No GIF que se segue vemos o mesmo exercício, já com o José António na liderança, mas de outro ângulo, para realçar a importância da passerelle de linhas no desenvolvimento muscular dos membros, o que induzirá, entre outros benefícios, ao melhoramento da capacidade de impulsão canina. A novidade desta evolução desenvolve particularmente os músculos internos das coxas, contribuindo assim para melhores aprumos traseiros e para uma cadência de marcha mais solta quando no solo.

No final da sessão de treino, agradecidos ao cão pelo seu empenho e ao dono pela sua disponibilidade e vontade de aprender, tirámos uma foto ao Doc diante de uns Cortes de Ténis cobertos, não se assustando o valente cão com o estrondo das bolas que acontecia na sua retaguarda.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: José António/Doc e Paulo/Bohr. A Isabelinha, a “voz off” do José António, fez-se presente e transmitiu alegria aos nossos trabalhos. A reportagem fotográfica esteve a cargo do Adestrador e a montagem foi da responsabilidade do Paulo Jorge. Estamos convencidos que o Labrador Soneca está cheio de saudades nossas. A noite caiu serena e regressámos a casa com a sensação de dever cumprido.

PS: Atendendo ao desgaste que provoca, o concurso à “Passerelle de Linhas” está interdito aos cachorros, aos cães ainda em crescimento e aos portadores de maus aprumos antes dos 3 anos de idade, para que não adquiram ou agravem menos valias morfológicas.

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