Na
cidade alemã de Wilhelmshaven, na região metropolitana de Bremen/Oldenburg, no Estado
de Niedersachsen, no passado sábado, dia 31 de Outubro, uma carruagem puxada por
um cavalo que transportava 4 pessoas, foi parar dentro de uma vala junto com o
animal. O despiste aconteceu numa curva de um caminho estreito, quando o cavalo
entrou em pânico por se ter assustado com um cão que lhe ladrou. O animal e os
passageiros saíram ilesos. Os bombeiros libertaram o cavalo sob a supervisão de
um veterinário e a carruagem foi retirada com o auxílio de um tractor. O
incidente foi relatado pela polícia ontem.
Estamos
perante um caso perfeitamente evitável caso o cavalo estivesse familiarizado
com cães e o cão estivesse sociabilizado com cavalos, detalhes do conhecimento
dos profissionais de atrelagem que os ciganos sempre resolveram ao atrelar os
seus cães aos eixos das carroças que conduziam, familiarizando-os assim com os
cães, que passavam a ser entendidos como carga, e constituindo os cavalos como
parte do património dos donos aos olhos dos cães, deixando por isso de
provocar-lhes estranheza.
Face à lei em vigor, nenhum cão deverá atacar outro cão ou outro animal, dever que aponta inequivocamente para a sociabilização dos cães com os restantes animais domésticos, cavalos inclusive, o que obriga as escolas caninas a alcançar a sociabilização interespécies nos cães ao seu encargo, mesmo que para isso tenham que se deslocar às diferentes explorações pecuárias, porque doutro modo poderão estar a sujeitar os animais a quarentenas, à esterilização e até ao abate. O conceito contemporâneo de escola canina acontece cada vez mais no exterior e cada vez menos em locais escondidos nos subúrbios, porque importa adaptar rapidamente os cães ao ecossistema onde se encontram inseridos, uma vez que não os queremos para “meninos de coro”, mas para serem capazes de enfrentar todos os desafios do seu quotidiano, confirmando o provérbio que diz “que é ao pé do pano que se talha a obra”.
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