terça-feira, 10 de novembro de 2020

MAIS UM CASO DE “CÃO A MAIS”

 

Ainda ontem, na mensagem “DAS DUAS UMA: OU ENSINO OBRIGATÓRIO OU CERTIFICADO DE ROBUSTEZ FÍSICA”, ao comentarmos um ataque canino ocorrido no município alemão de Klingenthal, tratámos deste assunto. Hoje, no mesmo Distrito de Vogtland, na Saxónia, mas no município de Netzschkau, ocorreu um novo e brutal ataque canino, em circunstâncias idênticas, mas com um cão substancialmente maior. Pouco antes das 07h00 da manhã, um cidadão saiu com o seu mastim para um passeio, levando-o à trela. Ao cruzar-se com uma senhora, que vinha em sentido contrário, o cão atacou-a por razões desconhecidas. O proprietário do animal, homem de 50 anos, não conseguiu segurá-lo e o cão, com os dentes cerrados num dos ombros da vítima, arrastou-a 30 metros. A transeunte de 51 anos, gravemente ferida, foi transportado ao hospital. A polícia solicitou a presença e o parecer de um veterinário, que não exclui a hipótese do animal vir a ser abatido, decisão que será tomada ainda hoje pelas autoridades distritais de Vogtlandkreis.

Estamos perante mais um caso de “cão a mais” ou de “dono a menos”, diante de um binómio impróprio caracterizado pela ausência de uma liderança activa e eficaz, que sempre acabará por causar dolo a alguém e até matar quem menos se espera. Se eu não consigo carregar, descontraidamente, uma saca de 40 kg às costas durante muito tempo, como conseguirei segurar prontamente um cão na ponta da trela com esse peso ou ainda mais, caso não seja obediente? Apesar de haver cães de todos os tamanhos, cada pessoa deverá escolher um de acordo com o particular da sua robustez física, considerando a necessidade de controlo do animal e o bem-estar das pessoas ao seu redor. O que aconteceria a um simpático velhote cujo filho lhe oferecesse um Pastor do Cáucaso? Não iria bem depressa desta vida para melhor? Também na escolha dos cães não se deve “ter mais olhos do que barriga”. 

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