Eu
queria acreditar que a França de hoje não passasse de um pesadelo e que amanhã
retornasse àquilo que já foi, que Paris, a cidade-luz, deixasse de ser uma metrópole
de caixotes do lixo a arder e um assentamento para toda a casta de meliantes e
indigentes. Na cidade francesa de Montpellier, no departamento de Hérault, há
pouco mais de uma semana, um homem de 25 anos foi preso e levado sob custódia policial, sob suspeita de ter proferido ameaças contra a polícia, que na
ocasião foi obrigada a intervir na Praça Planchon, para dispersar vários
indivíduos que se encontravam a contender. Bêbado durante os factos, o suspeito
é também acusado de ter agredido violentamente um cão da polícia, dando-lhe socos
e pontapés, para além de ter ameaçado de morte o animal e o seu condutor. A
polícia adiantou que o cão se encontrava na altura açaimado e que se encontra
bem de saúde. O homem terá que explicar-se diante do Tribunal Criminal de
Montpellier.
Se até aqui não era fácil ser polícia, daqui para a frente também não será nada fácil ser um polícia canino, face à pandemia, ao desemprego, ao terrorismo e ao descontentamento social. Os cavalos já conseguimos tirá-los da guerra, oxalá os cães não demorem muito a sair dela, porque desde que os domesticámos sempre se fizeram presentes nas nossas lutas, primeiro pela nossa sobrevivência e depois pela nossa segurança e bem-estar. Infelizmente, os cães em França têm pouco tempo para descansar e não se podem distrair, não venha de lá mais um bêbado com vontade de os pontapear.
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