segunda-feira, 9 de novembro de 2020

MAIS 176

 

Segundo o Mail Online, Lucy Frazer (na foto abaixo), Ministra de Estado britânica, vulgarmente entendida como “Ministra das Prisões, anunciou recentemente um investimento governamental na ordem dos 100 milhões de libras para combater o tráfico de droga e o mercado negro dentro das prisões britânicas. Parte deste investimento destina-se à aquisição de mais 176 cães farejadores, capazes de detectar heroína, cocaína, cannabis e o “crème de la crème” da drogas, a “Zumbi”. Para além destas capacidades, estes cães conseguem detectar telemóveis, que são proibidos nas prisões, através do lítio presente nas bateria destes aparelhos recarregáveis, assim como rastrear álcool caseiro ilegal ou bebidas alcoólicas.

Katie Price, Governadora do HMP The Mount, prisão masculina de “categoria C” (1), situada nos arredores da vila de Bovingdon, em Hertfordshire, Inglaterra, que vai receber 8 novos cães e 4 tratadores, disse acerca da importância dos animais: “Os cães já fizeram toda a diferença e trabalham em estreita colaboração com a minha equipa de segurança, fornecendo-nos uma linha de defesa extra.” Estes animais conseguem até sentir o cheiro das substâncias ilegais dentro de uma cavidade corporal quando alguém intenta traficar para ou numa prisão de 1.000 presidiários” – concluiu.

O adestrador de cães Nick Hayes, tratador do Labrador Monty, de três anos, disse a propósito: “A interação que mantenho com os prisioneiros é muito positiva. Eles entendem que estamos aqui para mantê-los mais seguros e, claro, nem todos usam drogas. Estes cães desempenham um papel importante na linha de frente da segurança nas prisões - eles são uma ferramenta muito útil.” O Labrador Monty já levou à prisão de vários visitantes que tentavam contrabandear, graças a ser meticuloso e ter um bom nariz. No ano transacto, mais de 2.200 itens ilegais, incluindo mais de 100 kg de drogas como heroína, cannabis e especiarias, foram detectados por cães farejadores que já trabalhavam no serviço prisional. Em Março, mais de 50 prisões em toda a Inglaterra irão receber novos binómios de detecção.  

A ministra das prisões esclarece: “O contrabando para as prisões coloca em risco os funcionários que trabalham arduamente e prejudica as tentativas de reabilitação dos criminosos. Estes cães e os seus treinadores tornarão as prisões mais seguras, e, em última análise, criarão melhores ambientes para a reabilitação.” O oficial do serviço penitenciário Kevin Reilly, reforçando o parecer da Ministra, disse: “Achamos que os cães farejadores terão um impacto muito significativo na nossa capacidade de interromper o fornecimento de drogas. Eles são decididamente um impedimento e seria óptimo ter cobertura canina em todos os lugares, para que todos os que entrem numa prisão venham a ser verificados.”

(1) Categoria destinada “aos prisioneiros a quem não se pode confiar em condições abertas, mas que dificilmente tentarão escapar”. Normalmente, para os condenados por delitos menores e que cumprem penas mais curtas, com poucos anos de duração. Também para alguns prisioneiros transferidos da categoria B que chegam ao fim das suas penas, no intuito de prepará-los para a libertação. Uma prisão de categoria C britânica equivale uma prisão de segurança mínima nos Estados Unidos.

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