Um novato nestas lides do adestramento, indevidamente, diz para um dos seus alunos que conduz um SRD (cão sem raça definida): “Melhor seria teres virado as costas e ter deixado o cãozinho onde estava!”, aludindo ao hipotético menor préstimo do cão em questão, como se cada um não tivesse o seu, a cumplicidade voltasse de mãos vazias e a recompensa não fosse o melhor dos incentivos. Ao invés de manifestar a sua revolta ou desespero, este “treinador de cães bons” já deveria ter compreendido que os cães que mais trabalho dão, são os que mais precisam de nós e que é esta necessidade que justifica a sua procura e trabalho. Nenhum cão é imprestável, o meu conhecimento de cães é que pode ser inadequado ou sofrível. Se os cães não precisassem de ser ajudados, para que serviriam as escolas caninas? Para promover actividades circenses? Proceder ao recrutamento de “justiceiros”? Estruturar uma seita de apaziguados? Mas o que ganhariam os cães com isso? A vaidade humana não deverá substituir a preocupação com o bem-estar dos animais enquanto objectivo crucial do adestramento.
domingo, 8 de novembro de 2020
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