Normalmente
costuma perguntar-se: “Tenho boas e más notícias para dar, qual delas quer ouvir
primeiro?” Como o incidente ocorreu na Alemanha e na cidade de Schwetzingen,
onde coabitam católicos e luteranos, sigo o modelo de pregação dos últimos e
começo pelas más. Como disse atrás, na cidade de Schwetzingen, no distrito de Rhein-Neckar-Kreis,
na região administrativa de Karlsruhe, estado de Baden-Württemberg, na noite de
ontem, terça-feira, um jovem de 17 anos foi atacado por um mestiço de Pitbull,
seguro apenas na coleira pela mão do dono, que se soltou possivelmente por ouvir
outro cão ladrar. O cão mordeu primeiro no braço do teenager e, ao atacá-lo uma
segunda vez, feriu-o no rosto, no braço e nas costas.
Perante
o disparate, o dono do cão correu imediatamente em socorro do jovem, livrando-o
do cão e socorrendo-o. A vítima acabou tratada em regime ambulatório numa
clínica e a polícia iniciou investigações contra o proprietário do cão, que a
serem comprovados os factos, deverá responder por lesão corporal negligente. Caberá
ao Escritório Distrital, que já foi informado do caso, deliberar se o dono do
cão violou o decreto policial sobre as regras a haver sobre cães perigosos,
nomeadamente aquele que estipula que cães deverão andar açaimados.
Como
temos feito saber, ataques de Rottweilers e Pitbulls não faltam na Alemanha e
são geralmente rematados com a fuga dos donos e dos cães agressores, ficando as
vítimas a sangrar até que alguém acabe por ligar para o 110 ou para o 112, já
que na Alemanha existem dois números de emergência principais: o 112 que é
usado para emergências de incêndio e assistência médica e o 110 que é usado
para emergências que exijam a presença da
polícia . As ligações para os dois números são gratuitas e podem ser
feitas de um telefone fixo, telefone público ou de um telemóvel, mesmo com o telefone
bloqueado. Ali, as chamadas são atendidas em média após nove segundos.
Normalmente, espera-se que os operadores falem tanto inglês quanto alemão.
Mas desta vez o dono do cão ”não se pôs ao fresco” e até prestou auxílio à vítima, o que se saúda e que entendemos como uma boa notícia, apesar de não adiantar grandes pormenores sobre o incidente, o que nos leva a não descortinar qual a razão que fez despoletar o ataque do cão. Pelo tipo de tratamento dado à vítima, as feridas não serão muito profundas, até porque os golpes foram variados e não se firmaram num só ponto para sacudir e rasgar. O número das feridas parece indicar que o adolescente entrou em pânico e a pronta cessação do ataque sugere um cão mais entusiasmado do que agressivo, o que indicia um ataque instintivo e não condicionado. Para a próxima, depois das contrariedades que irá suportar, o dono deste mestiço não se esquecerá de o atrelar e açaimar antes de saírem à rua.
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