segunda-feira, 19 de novembro de 2018

VACINA LEISHTEC: UMA BOA NOTÍCIA PARA OS CÃES

A VACINA LEISH TEC usada para prevenir os cães de contrair a leishmaniose canina, doença parasitária mortal, PODE TAMBÉM SER USADA NO TRATAMENTO DE ANIMAIS JÁ INFECTADOS, segundo descobriram pesquisadores financiados pela MORRIS ANIMAL FOUDATION na UNIVERSIDADE DE IOWA, proporcionando uma nova via de tratamento para milhões de cães infectados globalmente.
Este estudo foi recentemente publicado na REVISTA VACCINE e forneceu o primeiro ensaio clínico da vacina LeishTec ™ em cães infectados. Esta vacina já está disponível no Brasil e é frequentemente prescrita pelos seus veterinários, muito embora nunca fosse testada ali para se saber se poderia combater a doença em cães já infectados.
A leishmaniose canina (CanL) é uma das principais doenças zoonóticas enzoóticas em mais de 70 países e emergiu recentemente nos Estados Unidos, o que por um lado acaba por ser uma boa notícia para a canicultura mundial, uma mais que ao chegar ali bem depressa surgirão melhores estudos, vacinas e tratamentos como já está a acontecer.
CHRISTINE PETERSEN (na foto seguinte), Professora Associada de epidemiologia da Universidade de Iowa explica e congratula-se: “Normalmente, as vacinas previnem infecções, mas algumas, como a vacina profilática pós-exposição à raiva, podem ser usadas após a infecção. Ficamos felizes em provar que esse foi o caso da LeishTec."
A equipa de investigadores testou a vacina em oito Estados e em mais de 400 cães, quase todos os cães de caça, pois são eles os mais propensos à transmissão da doença na América do Norte. Os cães foram divididos em grupos de controlo e experimentais. Os grupos experimentais foram vacinados três vezes em seis semanas e depois cada um deles foi verificado de 3 em 3 meses no ano seguinte para determinar a eficácia da vacina. Os investigadores observaram e descobriram que não era apenas seguro administrar a vacina a cães já infectados, mas também minimizava a doença no grupo experimental.
A Dr.ª KELLY DIEHL (na foto baixo), Vice-Presidente Interina de Programas Científicos da Morris Animal Foundation é peremptória: "Agora temos uma nova ferramenta na caixa de ferramentas para controlar esta doença e dar a inúmeros cães vidas mais longas e saudáveis”.
Simultaneamente congratulamo-nos com esta descoberta e lamentamos o seu atraso, porque podemos valer aos cães que cá estão e não socorremos da melhor maneira os que se foram.

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