sábado, 17 de novembro de 2018

NO OUTONO TAMBÉM SE APRENDE A NADAR

Ontem, aproveitando uma tarde outonal solarenga, deslocámo-nos com binómio Svetlana/Zeus a uma praia fluvial com o objectivo de ensinar aquele Doberman a nadar correctamente, o que veio a acontecer como atesta a foto acima. No caminho para a praia convidámos o cão para percorrer um passadiço metálico com piso de madeira, pois importava que se acostumasse a passagens com essas características, seja lá onde for, porque onde o dono vai, o cão deve segui-lo.
Para evitar o choque térmico da condutora e do cão, a primeira disse que a temperatura da água estava óptima, começámos por pedir ao binómio que se deslocasse a passo e em corrida nas margens do rio, também para que o animal menos estranhasse a novidade ambiental pela companhia e cumplicidade da sua dona e condutora, já que importava salvaguardá-lo de qualquer trauma.
Com curtas sessões de natação e ajudado pela baixa ondulação, o Zeus aprendeu a nadar confiante, saindo e entrando naturalmente do rio, com os olhos postos na sua líder que tão bem o ajudou, não evidenciando nenhum deles qualquer sinal de frio.
No final da sessão de natação, como reforço e recapitulação do que havíamos feito anteriormente, convidámos uma vez mais aquele binómio para passar sobre o passadiço que atrás descrevemos, excelentemente enquadrado na paisagem adjacente, a quem emprestou um ar de aventura.
Ao chegar à outra margem, o Zeus foi abalroado por um boxer branco que se encontrava solto, um animal surdo e agressivo, propriedade de um espanhol franzino. Alertada para a possibilidade do ataque daquele cão, a Svetlana interpôs-se imediatamente entre os cães, protegendo o seu e conseguindo cessar a arremetida do alheio, como era sua obrigação.
Num dos momentos finais de supercompensação tirámos algumas fotos onde a alegria e a cumplicidade binomial transpareceram, num enquadramento romântico que relembra milenares mitos e personagens ligados às florestas europeias.
O Outono no Hemisfério Norte, particularmente no campo, tem tanto de melancólico como de belo, acrescentando à paisagem mil e uma cores e efeitos surpreendentes, como se anunciasse o outrora gélido e cinzento Inverno, que normalmente leva consigo os mais frágeis e idosos, não a Svetlana, que transpira vida e alegria.
Na despedida tirámos uma foto junto a um grafite carmesim, agressor, bruto e sem sentido, pespegado na parede alva de uma instalação sanitária para viandantes, marca de um abuso vulgar e constante que não poupa as cidades. Hoje, se o tempo permitir, retomaremos as aulas de natação do Zeus, contando com a preciosa ajuda do Paulo e do CPA Bohr, já que o Pastor Alemão sente-se como peixe dentro de água.
E assim se passou a tarde desta última Sexta-feira, onde nas margens de um rio caudaloso, optámos por ensinar um cão a nadar correctamente, pensando em primeiro lugar na sua salvaguarda e só depois no seu uso. Missão cumprida!

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