quinta-feira, 22 de novembro de 2018

CHEGOU A HORA DE TROCAR DE PARCEIRO NA HORA DE DORMIR?

Segundo um estudo recentemente divulgado, “AN EXAMINATION OF ADULT WOMEN’S SLEEP QUALITY AND SLEEP ROUTINES IN RELATION TO PET OWNERSHIP AND BEDSHARING” (UM EXAME DA QUALIDADE DE SONO DAS MULHERES ADULTAS E ROTINAS DE SONO EM RELAÇÃO À PROPRIEDADADE DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E À PARTILHA DE CAMAS), da autoria de CHRISTY L. HOFFMAN, KAYLEE STUTZ e TERRIE VASILOPOULOS, as duas primeiras pertencentes ao Departamento de Comportamento Animal, Ecologia e Conservação do Canisius College/USA e a última ao Departamento de Anestesiologia da Universidade da Florida/USA, os cães são para as mulheres melhores companheiros de sono do que os homens, isto segundo dados de auto-relato e actigrafia (1).
As autoras deste estudo colectaram dados de PESQUISA ON-LINE DE 962 MULHERS ADULTAS, moradoras nos Estados Unidos, com o objectivo de investigar as relações entre a pose dos animais e o sono humano. 55% das participantes dividiam a cama com pelo menos um cão e 31% com pelo menos um gato. À parte disto, 57% das entrevistadas dividiam a sua cama com um parceiro humano.
As pesquisadoras acham possível que a posse de animais tenha contribuído para as altas pontuações globais do PSQI (2) observado, porque apenas 7% das entrevistadas não coabitavam com um cão ou com um gato. O estudo indicou também que o lugar onde cães e gatos dormem pode afectar os hábitos de sono e a percepção da qualidade de sono. Por outro lado, verificou-se que os proprietários caninos deitavam-se e levantam-se mais cedo que os proprietários dos felinos.
De acordo com os resultados encontrados neste estudo, quando comparados com os parceiros de cama humanos, os cães que dormiam com as donas na cama, perturbavam menos o sono e estavam associados a sentimentos mais fortes de conforto e segurança. Contrariamente, os gatos que dormiam na cama com as donas foram considerados tão perturbadores quanto os parceiros humanos e associados a sentimentos mais fracos de conforto e segurança em relação aos parceiros humanos e caninos. As autoras do presente estudo terminam requerendo uma pesquisa de acompanhamento para determinar se as percepções das donas sobre os impactos dos animais no seu sono se alinham com as medidas objectivas da qualidade de sono.
Num país como o nosso, que é o segundo da União Europeia a consumir mais psicofármacos, onde o número de fumadoras cresce há medida que o dos fumadores desce, onde as mulheres com maior escolaridade são as que mais fumam e onde divórcios e desenlaces não faltam, não irá faltar por aí uma corrida desenfreada aos cães para apaziguamento de dramas e alcance do merecido descanso, não sendo por isso de estranhar que os parceiros humanos vão dormir para o velho sofá enquanto os cães avançam para as camas das donas! Quem é que me diz que isso já não acontece agora?
(1) método não invasivo de monitoramento dos ciclos de repouso/actividade humana. Uma pequena unidade actigráfica, também chamada de sensor de actimetria, é usada durante uma semana ou mais para medir a actividade motora grossa. (2) O Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) é um questionário de auto-relato que avalia a qualidade do sono ao longo de um intervalo de tempo de um mês. A medida consiste em 19 itens individuais, criando 7 componentes que produzem uma pontuação global e que leva de 5 a 10 minutos para ser concluída. Este método foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh/USA.

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