Segundo um estudo
recentemente divulgado, “AN EXAMINATION
OF ADULT WOMEN’S SLEEP QUALITY AND SLEEP ROUTINES IN RELATION TO PET OWNERSHIP
AND BEDSHARING” (UM EXAME DA
QUALIDADE DE SONO DAS MULHERES ADULTAS E ROTINAS DE SONO EM RELAÇÃO À PROPRIEDADADE
DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E À PARTILHA DE CAMAS),
da autoria de CHRISTY
L. HOFFMAN, KAYLEE
STUTZ e TERRIE
VASILOPOULOS, as duas primeiras pertencentes ao
Departamento de Comportamento Animal, Ecologia e Conservação do Canisius College/USA
e a última ao Departamento de Anestesiologia da Universidade da Florida/USA, os
cães são para as mulheres melhores companheiros de sono do que os homens, isto
segundo dados de auto-relato e actigrafia (1).
As autoras deste estudo
colectaram dados de PESQUISA
ON-LINE DE 962 MULHERS ADULTAS, moradoras nos Estados
Unidos, com o objectivo de investigar as relações entre a pose dos animais e o
sono humano. 55% das participantes dividiam a cama com pelo menos um cão e 31%
com pelo menos um gato. À parte disto, 57% das entrevistadas dividiam a sua
cama com um parceiro humano.
As pesquisadoras acham
possível que a posse de animais tenha contribuído para as altas pontuações
globais do PSQI (2) observado, porque
apenas 7% das entrevistadas não coabitavam com um cão ou com um gato. O estudo
indicou também que o lugar onde cães e gatos dormem pode afectar os hábitos de
sono e a percepção da qualidade de sono. Por outro lado, verificou-se que os
proprietários caninos deitavam-se e levantam-se mais cedo que os proprietários
dos felinos.
De acordo com os
resultados encontrados neste estudo, quando comparados com os parceiros de cama
humanos, os cães que dormiam com as donas na cama, perturbavam menos o sono e
estavam associados a sentimentos mais fortes de conforto e segurança.
Contrariamente, os gatos que dormiam na cama com as donas foram considerados
tão perturbadores quanto os parceiros humanos e associados a sentimentos mais
fracos de conforto e segurança em relação aos parceiros humanos e caninos. As
autoras do presente estudo terminam requerendo uma pesquisa de acompanhamento
para determinar se as percepções das donas sobre os impactos dos animais no seu
sono se alinham com as medidas objectivas da qualidade de sono.
Num
país como o nosso, que é o segundo da União Europeia a consumir mais
psicofármacos, onde o número de fumadoras cresce há medida que o dos fumadores
desce, onde as mulheres com maior escolaridade são as que mais fumam e onde
divórcios e desenlaces não faltam, não irá faltar por aí uma corrida desenfreada
aos cães para apaziguamento de dramas e alcance do merecido descanso, não sendo
por isso de estranhar que os parceiros humanos vão dormir para o velho sofá
enquanto os cães avançam para as camas das donas! Quem é que me diz que isso já
não acontece agora?
(1) método
não invasivo de monitoramento dos ciclos de repouso/actividade humana. Uma
pequena unidade actigráfica, também chamada de sensor de actimetria, é usada durante
uma semana ou mais para medir a actividade motora grossa. (2) O
Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) é um questionário de auto-relato
que avalia a qualidade do sono ao longo de um intervalo de tempo de um mês. A
medida consiste em 19 itens individuais, criando 7 componentes que produzem uma
pontuação global e que leva de 5 a 10 minutos para ser concluída. Este método
foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh/USA.
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