quinta-feira, 22 de novembro de 2018

BREVEMENTE AS PESSOAS DE OHLSDORF SERÃO SEPULTADAS COM OS SEUS PETS

Dentro em breve, segundo dá notícia a RTLNEXT, em OHLSDORF, onde se encontra o majestoso CEMITÉRIO DE OHLSDORF em Hamburgo/Alemanha, o maior jardim-cemitério do mundo, onde tanta gente notável se encontra sepultada, como é o caso do luterano Helmut Heinrich Waldemar Schmidt, membro do Partido Social-Democrata Alemão e editor do Die Zeit, um dos maiores estadistas do Séc. XX, que veio a ser Chanceler da Alemanha e que foi considerado um dos pais do Euro, os animais de estimação poderão vir a ser sepultados ao lado dos seus donos, novidade e conceito que não agrada a todos.
LUTZ REHKOPF (na foto seguinte), porta-voz dos cemitérios de Hamburgo, que parece apadrinhar a ideia, expressa num projecto de participação cívica para o projecto do cemitério, explica: “Nós estamos a lidar principalmente com pessoas mais velhas, cujos únicos parceiros são animais também idosos e os seus donos desejam fazer a sua última viagem juntos”. Apesar de já ter sido encontrado o terreno para um cemitério assim, a lei funerária de Hamburgo carece primeiro de ser alterada, porque até à presente data os cemitérios são destinados exclusivamente a pessoas.
Como pré-requisito para o funeral comum, pessoas e animais só podem ser enterrados em urnas. Rehkopf parece explicar ao dizer: “Nós vemos os animais como bens excelentes, não como carcaças de animais”. Mas como nem todo o animal de estimação é adequado, o cemitério terá que se ajustar às cinzas de cães, gatos, coelhos e canários.
Os enterros comuns de pessoas e animais já são possíveis na Alemanha, porque a ideia não é nova, já foi colocada em prática no Cemitério Central de Viena/Áustria (na foto abaixo) e na Alemanha existem dois cemitérios com o nome “UNSER HAFEN” (Nosso Porto) onde tal é possível: um em BRAUBACH, Distrito de Rhein-Lahn, no Estado da Renânia-Palatinado e outro em ESSEN, na Renânia do Norte-Vestfália.
No entanto, o conceito não goza do consenso geral. Se algumas igrejas protestantes são mais tolerantes, a IGREJA CATÓLICA, de acordo com a EMISSORA DEUTSCHLANDFUNK KULTUR, rejeita claramente o enterro comum de pessoas e animais por entender que um animal não tem alma nem livre arbítrio, o que o impede de confessar a fé cristã.
Do jeito que a vida vai, com a escassez de baptizados e casamentos, também com as igrejas às moscas, o dinheirinho dos funerais não poderá ser desprezado, tudo será uma questão de tempo, antes que as igrejas se vejam obrigadas a caçar cães para arranjar neófitos ou a distribuir biscoitos caninos para encherem as suas classes de catequese e escolas dominicais – nada neste mundo é impossível!
Jamais mataria ou mandaria matar um cão para ser sepultado comigo, mas se porventura morrêssemos lado a lado que mal faria? Sentir-me-ia desonrado? Desonrado seria se desconsiderassem o tanto que lhe queria por nunca me ter abandonado. 

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