Dentro em breve, segundo
dá notícia a RTLNEXT,
em OHLSDORF, onde
se encontra o majestoso CEMITÉRIO
DE OHLSDORF em Hamburgo/Alemanha, o maior jardim-cemitério
do mundo, onde tanta gente notável se encontra sepultada, como é o caso do luterano
Helmut Heinrich Waldemar Schmidt, membro do Partido Social-Democrata Alemão e
editor do Die Zeit, um dos maiores estadistas do Séc. XX, que veio a ser
Chanceler da Alemanha e que foi considerado um dos pais do Euro, os animais de
estimação poderão vir a ser sepultados ao lado dos seus donos, novidade e
conceito que não agrada a todos.
LUTZ
REHKOPF (na foto seguinte), porta-voz dos cemitérios de Hamburgo,
que parece apadrinhar a ideia, expressa num projecto de participação cívica
para o projecto do cemitério, explica: “Nós estamos a lidar principalmente com
pessoas mais velhas, cujos únicos parceiros são animais também idosos e os seus
donos desejam fazer a sua última viagem juntos”. Apesar de já ter sido
encontrado o terreno para um cemitério assim, a lei funerária de Hamburgo carece
primeiro de ser alterada, porque até à presente data os cemitérios são destinados
exclusivamente a pessoas.
Como pré-requisito para o
funeral comum, pessoas e animais só podem ser enterrados em urnas. Rehkopf
parece explicar ao dizer: “Nós vemos os animais como bens excelentes, não como
carcaças de animais”. Mas como nem todo o animal de estimação é adequado, o
cemitério terá que se ajustar às cinzas de cães, gatos, coelhos e canários.
Os enterros comuns de
pessoas e animais já são possíveis na Alemanha, porque a ideia não é nova, já
foi colocada em prática no Cemitério Central de Viena/Áustria (na foto abaixo)
e na Alemanha existem dois cemitérios com o nome “UNSER
HAFEN” (Nosso Porto) onde tal é possível: um em BRAUBACH,
Distrito de Rhein-Lahn, no Estado da Renânia-Palatinado e outro em ESSEN,
na Renânia do Norte-Vestfália.
No
entanto, o conceito não goza do consenso geral. Se algumas igrejas protestantes
são mais tolerantes, a IGREJA CATÓLICA, de acordo com a EMISSORA DEUTSCHLANDFUNK KULTUR, rejeita claramente o
enterro comum de pessoas e animais por entender que um animal não tem alma nem
livre arbítrio, o que o impede de confessar a fé cristã.
Do
jeito que a vida vai, com a escassez de baptizados e casamentos, também com as
igrejas às moscas, o dinheirinho dos funerais não poderá ser desprezado, tudo será
uma questão de tempo, antes que as igrejas se vejam obrigadas a caçar cães para
arranjar neófitos ou a distribuir biscoitos caninos para encherem as suas
classes de catequese e escolas dominicais – nada neste mundo é impossível!
Jamais mataria ou mandaria
matar um cão para ser sepultado comigo, mas se porventura morrêssemos lado a
lado que mal faria? Sentir-me-ia desonrado? Desonrado seria se desconsiderassem
o tanto que lhe queria por nunca me ter abandonado.
Sem comentários:
Enviar um comentário