quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O MUNDO À NOSSA VOLTA: DIE EUROPAMUTTER

Ontem ANGELA MERKEL, Chanceler Federal Alemã, ao discursar no Parlamento Europeu, em ESTRASBURGO, para além de recomendar solidariedade, tolerância e protecção do Estado de Direito como antídotos contra os nacionalismos e a crise de identidade da União Europeia, afirmou que a EU precisa de um exército para mostrar ao mundo que nunca mais haverá guerra na Europa, apoiando assim de forma inequívoca a criação de um EXÉRCITO DA UNIÃO EUROPEIA, posição que a coloca EM PERFEITA SINTONIA COM EMMANUEL MACRON, Presidente da França, ao destacar a relevância da constituição de uma força militar europeia, a longo prazo. Tudo isto se passou no mesmo dia em que Donald Trump através do Twitter ridicularizou a derrota francesa contra a Alemanha nazi.
Este Exército Europeu, na perspectiva da Chanceler Alemã, “nunca seria um Exército rival da NATO”, mesmo admitindo que “os tempos em que podíamos confiar uns nos outros acabaram”. “Isto significa que nós, os europeus, temos que o tomar o nosso destino unicamente nas nossas mãos”, acrescentou. A CRIAÇÃO DESTE EXÉRCITO FOI UM DOS PRINCIPAIS DESTAQUES DA SUA INTERVENÇÃO SOBRE O FUTURO DA EUROPA, no que foi mais aplaudida do que apupada naquele Parlamento, lembrando aos eurocépticos que a apuparam que também ela é parlamentar e que aqueles apupos demonstram apenas que tem razão.
ANGELA vestiu nesta Assembleia o papel de “MÃE DA EUROPA” ao defender a unidade e integridade da União, contra os nacionalismos, os autoritarismos e demais divisões que a ameaçam, tendo apelado à tolerância e à solidariedade, uma vez que a seu ver “o nacionalismo e o egoísmo não têm mais lugar na Europa”. Na sua intervenção, ao referir-se à PROBLEMÁTICA DA REJEIÇÃO DO ORÇAMENTO DE ESTADO ITALIANO PELA COMISSÃO EUROPEIA, começou por dizer que “A nossa moeda comum só pode funcionar se todos os membros individuais cumprirem com a sua responsabilidade em relação a finanças sustentáveis”. “Nós queremos estender uma mão à Itália… Mas a Itália também concordou com várias regras e não as pode simplesmente rasgar”, rematou.
Merkel ainda se referiu indirectamente à POLÓNIA e à HUNGRIA, países que continuam a preocupar Bruxelas e que poderão vir a ser alvo de sanções pelo possível esvaziamento das suas instituições democráticas, ao dizer: “A SOLIDARIEDADE ESTÁ SEMPRE LIGADA AOS COMPROMISSOS COM A COMUNIDADE E AOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESTADO DE DIREITO”. Angela Merkel não se recandidatará à liderança do seu partido e abandonará a política no final do seu mandado, em 2021. Com a Europa espartilhada pelos Estados Unidos e pela Rússia e, com a China à espreita, quem carregará o pesado fardo da União Europeia, que é também sangrada por inimigos internos? Não sabemos, mas quem vier… que venha por bem!

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