Ontem ANGELA MERKEL,
Chanceler Federal Alemã, ao discursar no Parlamento Europeu, em ESTRASBURGO,
para além de recomendar solidariedade, tolerância e protecção do Estado de
Direito como antídotos contra os nacionalismos e a crise de identidade da União
Europeia, afirmou que a EU precisa de um exército para mostrar ao mundo que
nunca mais haverá guerra na Europa, apoiando assim de forma inequívoca a
criação de um EXÉRCITO
DA UNIÃO EUROPEIA, posição que a coloca EM PERFEITA SINTONIA COM EMMANUEL MACRON,
Presidente da França, ao destacar a relevância da constituição de uma força
militar europeia, a longo prazo. Tudo isto se passou no mesmo dia em que Donald
Trump através do Twitter ridicularizou a derrota francesa contra a Alemanha
nazi.
Este Exército Europeu, na
perspectiva da Chanceler Alemã, “nunca seria um Exército rival da NATO”, mesmo
admitindo que “os tempos em que podíamos confiar uns nos outros acabaram”. “Isto
significa que nós, os europeus, temos que o tomar o nosso destino unicamente
nas nossas mãos”, acrescentou. A CRIAÇÃO
DESTE EXÉRCITO FOI UM DOS PRINCIPAIS DESTAQUES DA SUA INTERVENÇÃO SOBRE O
FUTURO DA EUROPA, no que foi mais aplaudida do que apupada
naquele Parlamento, lembrando aos eurocépticos que a apuparam que também ela é
parlamentar e que aqueles apupos demonstram apenas que tem razão.
ANGELA
vestiu nesta Assembleia o papel de “MÃE
DA EUROPA” ao defender a unidade e integridade da União, contra
os nacionalismos, os autoritarismos e demais divisões que a ameaçam, tendo
apelado à tolerância e à solidariedade, uma vez que a seu ver “o nacionalismo e
o egoísmo não têm mais lugar na Europa”. Na sua intervenção, ao referir-se à PROBLEMÁTICA DA REJEIÇÃO DO ORÇAMENTO
DE ESTADO ITALIANO PELA COMISSÃO EUROPEIA, começou por dizer
que “A nossa moeda comum só pode funcionar se todos os membros individuais
cumprirem com a sua responsabilidade em relação a finanças sustentáveis”. “Nós
queremos estender uma mão à Itália… Mas a Itália também concordou com várias
regras e não as pode simplesmente rasgar”, rematou.
Merkel
ainda se referiu indirectamente à POLÓNIA e à HUNGRIA, países que continuam a preocupar Bruxelas e que
poderão vir a ser alvo de sanções pelo possível esvaziamento das suas
instituições democráticas, ao dizer: “A SOLIDARIEDADE ESTÁ SEMPRE
LIGADA AOS COMPROMISSOS COM A COMUNIDADE E AOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESTADO DE
DIREITO”. Angela
Merkel não se recandidatará à liderança do seu partido e abandonará a política
no final do seu mandado, em 2021. Com a Europa espartilhada pelos Estados
Unidos e pela Rússia e, com a China à espreita, quem carregará o pesado fardo
da União Europeia, que é também sangrada por inimigos internos? Não sabemos,
mas quem vier… que venha por bem!
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