Através do THE INDIAN EXPRESS
on-line do dia de hoje, ficamos a saber que em DWARKA,
nos arredores da capital indiana, NOVA
DELI,
está a ser construído um crematório para cães, a mando da CORPORAÇÃO MUNICIPAL DE SOUTH DELI, que
se espera concluído em Março do próximo ano, um complexo que para além do
inevitável forno (eléctrico), é ainda constituído por uma sala de orações (com
sacerdotes à disposição), um vestiário e uma sala em separado para a entrega
das cinzas dos animais. Este é o primeiro crematório de cães administrado pelo
governo daquela grande cidade e situa-se no SECTOR
29
de DWARKA.
Actualmente os
proprietários caninos vêem-se obrigados a enterrar os seus cães ao ar livre ou
valem-se das instalações funerárias para animais de estimação de algumas ONG’s.
Segundo entidades oficiais ligadas a este empreendimento, os cães vadios também
poderão ser cremados naquele centro e a custo zero, o que obviamente se saúda
atendendo ao seu exagerado número. O custo a cobrar pelo serviço será decidido
pelo Comité Permanente da obra quando esta estiver concluída, obra que irá
ocupar uma área de 3,5 acres (14164.00m²) e que terá a capacidade de cremar 50
kg de carcaças caninas por hora.
Uma autoridade sénior
local adiantou que, para além de enterrarem os seus cães ao ar livre ou de se
valerem das instalações funerárias de algumas ONG’s, há ainda proprietários
caninos que enterram os seus animais nas margens do RIO
YAMUNA (1), o que polui este
rio, acrescentando que o crematório será ecologicamente a opção mais
correcta. Um funcionário ligado ao projecto fez saber que está previsto instalar
ainda dispositivos de GPS nas carrinhas usadas na recolha dos animais mortos.
Não
seria ali e noutras partes da Índia ecologicamente mais correcto ter uma rede
gratuita de crematórios humanos ao invés de se jogarem os cadáveres para os
rios, parcialmente mutilados, esturricados e em putrefacção? Bem sei que
pessoas não são cães, mas os seus cadáveres são igualmente poluentes e constituem
um sério risco para a saúde pública. A Índia continua com duas faces, tão
misteriosa como o lado escuro da Lua, simultaneamente enigmática e caótica, um idílico
paraíso com a capacidade de se transformar num inferno de um momento para o
outro.
(1)Rio que corre ao lado do ídilico Taj Mahal,
que nasce na Cordilheira dos Himalaias, no Estado de Uttarakhand, passando
pelos estados de Deli, Uttar Pradesh e Haryana antes de se unir ao Ganges em
Allahabad. Grandes cidades indianas como Deli, Mathura, Vrindavan, Agra, Etawah
e Kalpi encontram-se nas suas margens. É um dos sete rios sagrados da Índia e o
segundo com maior importância religiosa.
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