terça-feira, 6 de novembro de 2018

UMA INICIATIVA A SEGUIR

Há nove anos que a empresa FIRST AID ANIMAL fornece treino de primeiros socorros para proprietários de cães, gatos e até cavalos, uma prática marginalizada no seu início mas que se espalha cada vez mais, ao ponto de 1.500 PESSOAS serem TREINADAS anualmente em FRANÇA, acontecendo uma dessas sessões na passada Sexta-feira em LYON.
O objectivo destas formações não é o de substituir os veterinários, mas o de treinar os seus participantes a diagnosticar e executar acções que aumentem as chances de sobrevivência de um animal ferido antes da chegada ao veterinário. Para se ter uma ideia concreta da importância destas formações basta dizer que, no caso de insolação, a adopção de medidas correctas diminui o risco de morte de 46 para 19%, conforme fez saber VALÉRIE SIMIOT (na foto abaixo), formadora da First Aid Animal.
Numa pequena sala reservada para o efeito, perante um público maioritariamente feminino e valendo-se de um peluche no chão, simula-se um acidente acontecido na floresta, em que um cão de 45 kg acaba de ser eviscerado por um javali fêmea, pronto na defesa das suas crias. Diante desta situação, o aluno é obrigado a intervir rapidamente. Ele não tem água na sua mochila, mas é urgente humedecer os intestinos do cão para evitar a necrose. Ver-se-á obrigado a urinar sobre eles antes de amarrar qualquer curativo e o transportar para o veterinário. Todos os exemplos práticos visam estabilizar os animais e aumentar as suas hipóteses de sobrevivência.
Ao frequentar estas formações adiantadas pela First Aid Animal, o público inscrito aprenderá o que fazer com o seu gato depois de ingerir drogas ou outras substâncias tóxicas, a parar hemorragias arteriais ou venosas, a detectar pneumotórax, a amordaçar um animal correctamente e como proceder diante de situações mais simples como a insolação. A formação consiste em dois níveis de 7 horas e custa 90 euros.
Poderão os proprietários de animais de estimação portugueses dispensar formações destas? A quem caberá empreender aqui uma iniciativa assim e sob que tutela e patrocínio? Também no que diz respeito aos animais é possível ver “UMA EUROPA A DUAS VELOCIDADES”, o que nos leva a concluir que muito do nosso atraso não se deve apenas à “bitola ibérica” (largura da via-férrea).
PS: Aconselhamos todos os nossos leitores a terem um estojo de primeiros socorros dentro da mochila destinada aos seus cães, quando saem com eles à rua ou levam-nos de férias. O conteúdo desse estojo deverá ser indicado pelo veterinário-assistente de cada animal.

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