Há nove anos que a empresa
FIRST AID ANIMAL fornece
treino de primeiros socorros para proprietários de cães, gatos e até cavalos,
uma prática marginalizada no seu início mas que se espalha cada vez mais, ao
ponto de 1.500 PESSOAS
serem TREINADAS anualmente
em FRANÇA,
acontecendo uma dessas sessões na passada Sexta-feira em LYON.
O objectivo destas
formações não é o de substituir os veterinários, mas o de treinar os seus
participantes a diagnosticar e executar acções que aumentem as chances de
sobrevivência de um animal ferido antes da chegada ao veterinário. Para se ter
uma ideia concreta da importância destas formações basta dizer que, no caso de
insolação, a adopção de medidas correctas diminui o risco de morte de 46 para
19%, conforme fez saber VALÉRIE
SIMIOT (na foto abaixo), formadora da First Aid Animal.
Numa pequena sala
reservada para o efeito, perante um público maioritariamente feminino e
valendo-se de um peluche no chão, simula-se um acidente acontecido na floresta,
em que um cão de 45 kg acaba de ser eviscerado por um javali fêmea, pronto na
defesa das suas crias. Diante desta situação, o aluno é obrigado a intervir
rapidamente. Ele não tem água na sua mochila, mas é urgente humedecer os
intestinos do cão para evitar a necrose. Ver-se-á obrigado a urinar sobre eles
antes de amarrar qualquer curativo e o transportar para o veterinário. Todos os
exemplos práticos visam estabilizar os animais e aumentar as suas hipóteses de sobrevivência.
Ao frequentar estas
formações adiantadas pela First Aid Animal, o público inscrito aprenderá o que
fazer com o seu gato depois de ingerir drogas ou outras substâncias tóxicas, a
parar hemorragias arteriais ou venosas, a detectar pneumotórax, a amordaçar um
animal correctamente e como proceder diante de situações mais simples como a
insolação. A formação consiste em dois níveis de 7 horas e custa 90 euros.
Poderão
os proprietários de animais de estimação portugueses dispensar formações
destas? A quem caberá empreender aqui uma iniciativa assim e sob que tutela e patrocínio?
Também no que diz respeito aos animais é possível ver “UMA EUROPA A DUAS VELOCIDADES”,
o que nos leva a concluir que muito do nosso atraso não se deve apenas à “bitola
ibérica” (largura da via-férrea).
PS:
Aconselhamos todos os nossos leitores a terem um estojo de primeiros socorros
dentro da mochila destinada aos seus cães, quando saem com eles à rua ou levam-nos
de férias. O conteúdo desse estojo deverá ser indicado pelo
veterinário-assistente de cada animal.
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