Na instrução do dia de
hoje optámos por treinar o “quieto” à distância, evoluindo gradualmente dos 3
para os 30 metros de distância dos cães. Primeiro na posição de “deita” e
depois na de “senta”, com a saída dos condutores pela sua vanguarda.
Vimo-nos constrangidos a
prender a CPA Prada para o efeito, porque não ficava quieta no seu lugar e
abandonava-o para seguir outra condutora que não a sua, tendência adquirida por
se encontrar sujeita a várias pessoas que de uma forma ou de outra, ainda que
indevidamente, a subordinam de modo sistemático. Acresce ainda o facto de se
encontrar amatilhada e de resistir ao trabalhar isolado. O facto de
invariavelmente se encontrar à solta, tanto de dia como de noite, numa
autonomia que rasa a silvestre, também em nada ajuda o condicionamento
procurado.
O simples facto de sentir
o peso da corda no seu semi-estrangulador foi suficiente para que ficasse
quieta e não ousasse seguir quem por ela passasse. Mais, foi capaz de resistir
a convites e a subornos emocionais, com a sua condutora afastada a 15 metros,
conforme se pode ver na foto seguinte.
Não tendo jardineiros nem
empregados de supermercado para varrer, também perante a ausência do Paulo
Motrena, por norma “ladrão-de-serviço”, a Maggie entendeu vigiar a Svetlana,
acompanhando-a a tempo inteiro e escoltando-a até a saída da propriedade que
guarda. A Bull Terrier aproxima-se dos estranhos a dar ao rabo e nunca os larga
da mão, funcionando literalmente como se fosse a sua sombra, esperando deles um
movimento ou atitude suspeita para despoletar as suas acções de captura.
No final da aula,
inesperadamente, num misto de lealdade e cumplicidade, a Maggie empoleirou-se nas
costas do adestrador sem ordem expressa para tal, lambendo-lhe a cabeça carinhosamente
e de modo continuado, o que muito sensibilizou o visado, que nutre por aquela
Bull Terrier um carinho muito especial.
E assim se passou mais um
dia de instrução, que acordou com os campos cobertos de geada e com o frio
próprio da estação.
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