Um estudo conduzido pela UNIVERSIDADE DE HARVARD, dirigido por DAVID REICH e dado a conhecer parcialmente agora,
revela que os homens originais da Península Ibérica foram chacinados por tribos
de pastores nómadas vindas do Leste, nomeadamente do Cáucaso e do litoral do
Mar Negro, isto há 4.500 anos atrás, no final da Idade do Cobre e início da
Idade do Bronze. Estes nómadas vindos da Rússia Oriental e chamados de
yamnayas, que se estendiam territorialmente da Mongólia até à Europa e que são os
contribuintes primários mais importantes para os europeus de hoje, já tinham
domesticado o cavalo e construído carroças puxadas por animais, o que lhes deu
vantagem sobre os outros povos. Ao chegarem à Península, traziam armas e
nenhuma vontade de fazer a paz, procedendo a uma verdadeira limpeza étnica:
ficaram com as mulheres e dizimaram os homens.
A conclusão foi tirada após a análise genética
realizada aos restos mortais de 153 indivíduos desse período, desenterrados na
Península Ibérica. Os exames revelaram que 100% dos cromossomas Y (responsáveis
pela determinação do sexo masculino) eram provenientes desse povo migrante, que
se apoderou completamente da Europa. Estes resultados foram dados a conhecer
num evento promovido pela revista “New Scientist” e deverão ser publicados em
breve numa revista científica. Os estudos em curso desta Universidade
norte-americana parecem dar força à teoria que diz terem todas as línguas
europeias e vários idiomas asiáticos uma origem comum. Falaremos todos línguas
que derivam da dos povos das estepes? É o que resta provar! Esta mudança
dramática nos cromossomas, que estão apenas presentes nos homens, segundo o
estudo genético efectuado provam que houve uma substituição completa do
cromossoma Y, o que significa que os recém-chegados tiveram acesso preferencial
às mulheres locais uma e outra vez, de acordo com as conclusões de David Reich. Não serão os factos constatados passíveis de outra interpretação? Aguardamos pela totalidade das conclusões encontradas, porque o assunto é
interessante e ademais diz-nos respeito.
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