O dia hoje parecia que ia
complicar-nos a vida, que iríamos sair dos trabalhos deste Sábado tal qual gatos-pingados,
o que afortunadamente não aconteceu. Fomos directamente para uma praia, que
atendendo à altura do ano e ao tempo que se fazia sentir, estava quase deserta.
A meta para o dia de hoje consistia em preparar os cães para não se deterem
diante das ondas, objectivando a sua parceria e utilidade, meta e objectivo que
o CPA Bohr alcançou com relativa tranquilidade. Já o Zeus (Doberman), despojado
da sua condutora habitual por razões de força maior, resistiu a entrar na água,
muito embora lhe apetecesse seguir o Pastor Alemão seu companheiro de classe.
Fizemos de tudo um pouco
para ambientar os dois cães ao meio aquático, que por sinal se encontrava
moderadamente agitado. A primeira coisa que fizemos foi acostumar os animais ao
barulho das ondas na praia e contra as rochas, conforme se pode ver abaixo.
Depois de obtermos dos
cães uma resposta afirmativa, colocámos os binómios à borda de água e de frente
para o movimento das ondas, para que os cães as vissem e não as temessem,
serenados pela companhia e apoio de quem os segurava pela trela.
Trabalho seguinte levou os
binómios a correr sobre a água que alcançava a praia, para que os cães se
focassem mais nos seus condutores do que nos seus próprios receios (objectivamente
foram molhar os pezinhos/patinhas).
Como o Bohr a princípio se
mostrou pouco interessado em entrar dentro de água sozinho, o Paulo não teve
outro remédio do que se fazer à água, no que foi seguido pelos cães, enquanto
por cima das suas cabeças esvoaça um interminável bando de patos vindos do
norte da Europa.
Ao ver o dono dentro de
água, o Bohr compreendeu o que se esperava dele, brincando entre as ondas com a
mesma alegria que manifesta em terra firme. Para além de adorar nadar, este CPA
é um exímio nadador, um tecnicista que se desloca dentro de água a uma
velocidade pouco vista e sem necessitar de grande estímulo.
Em paralelo, desenvolvemos
também actividades em terra, aproveitando-nos de tudo o que o ecossistema nos
oferecia e das infra-estruturas nele colocadas. Um dos exercícios propostos aos
binómios foi o de vencer um pequeno slalom em velocidade. Na foto seguinte
podemos ver a execução do Paulo e do Bohr.
O Tomás e o Afonso, filhos
adolescentes do João Mendonça, acabaram por conduzir os cães e competir entre
si nomeadamente numa corrida binomial de 100 m sobre a areia. A vitória coube
ao Tomás que conduziu o Bohr, apesar do Afonso ter vendido cara a derrota.
Inicialmente coube ao
Afonso conduzir o Zeus por substituição da Svetlana, incumbência que aceitou de
bom grado e onde demonstrou algum empenho e acerto, faltando-lhe somente decisão.
Depois que a trela lhe levou um pedaço de pele de um dos dedos, entregou o Zeus
ao irmão e passou a turista, papel que lhe assenta muito bem porque até tem ar
disso!
Hoje o grupo escolar
parecia um grupo de trabalhadores municipais, daqueles onde só um ou dois
trabalham e dez ficam a ver. Perfilados sobre as rochas, podemos ver seis dos
sete valentes que se fizeram à praia, muito embora só metade tivesse conduzido
cães. Os miúdos da foto não o serão por muito tempo e amanhã recordarão com
saudade este alegre momento.
E como as obras nas praias
acontecem fora da época balnear, fomos surpreendidos por uma máquina escavadora
com lagartas, viatura que aproveitámos para tirar uma foto dos cães presentes e
dos seus proprietários.
A foto que se segue bem
que poderia intitular-se de “futuro”, porque nela está presente a geração dos Mendonças
que nos sucederá, 3 miúdos diametralmente opostos que cada vez mais se
harmonizam entre si.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Zeus; Paulo/Bohr e Tomás/Zeus. A reportagem fotográfica
esteve a cargo do Zé António e do adestrador, o Pedro fez o que lhe deu na gana e
não lhe sobrou tempo. O pai agarrou-se ao volante e levou todos para casa.
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