sábado, 7 de outubro de 2017

OS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS DE VANGUARDA ESTÃO A RECRUTAR MAIS CÃES, PORQUÊ?

Para responder à questão nada como dar a palavra à Dr.ª Beth L. Murphy, Directora Clínica do Centro de Avaliação Clínica no McLean Hospital, hospital psiquiátrico privado, localizado em Belmont/Massachusetts/US, reconhecido pela qualidade do seu corpo clínico e pelas pesquisas em Neurociência, que mantém o maior programa de pesquisa psiquiátrica e neurocientífica mundial, sendo a maior unidade da Harvard Medical School e associado ao Massachusetts General Hospital, que ao longo da sua existência tem tido gente famosa como paciente.
Segundo um artigo de opinião da citada médica, à disposição de qualquer um no Huffington Post online, datado de 7 de Setembro do ano em curso, a presença de cães de terapia nos hospitais psiquiátricos, nomeadamente no seu, melhora a capacidade laboral dos clínicos e o quadro experimental dos pacientes, apesar do montante das pesquisas sobre animais de terapia ser pouco significativo, sendo necessárias pesquisas de qualidade que abordem os seus potenciais benefícios a longo prazo. Todavia, Murphy considera que os benefícios a curto prazo, que incluem avanços no tratamento, são motivo suficiente para haver nos hospitais psiquiátricos um programa de terapia com animais de estimação.
Corroborando o que acima citámos, esta Directora Clínica adianta ainda que eles são responsáveis por vários aprimoramentos técnicos de grande significado no seu hospital, já que demonstram inequívoca capacidade de ajuda independentemente da condição de saúde mental dos pacientes. A nível de exemplo e curiosidade, diz também que os pacientes mais velhos, ao darem entrada nos hospitais, sentem falta dos seus animais de estimação, animais que recordam muito bem, mesmo os que tiveram há muitos anos atrás, ao contrário de certos aspectos da sua memória que invariavelmente os obrigam a lutar pelo seu reavivamento.
A exposição de cães e outros animais terapêuticos aos pacientes desperta-lhes uma sensação de segurança, outros sentimentos positivos e evoca-lhes várias lembranças. Não é por acaso que as equipas dos programas de ansiedade e depressão do Hospital McLean, que se valem de animais de terapia, são as primeiras a alcançarem dos seus grupos a segurança e o conforto que os levam a participar na terapia, mostrando assim uma alteração de humor na presença dos animais, mudança que é particularmente significativa nas pessoas afectadas pela depressão ou por distúrbios psicóticos, que vêem assim quão falsa é a sua crença em não poderem voltar a sentir-se felizes. O reviver destas emoções dormentes nos pacientes prova-lhes que podem recuperar e ligar-se a outras pessoas e seres. Para além disto, um pequeno e confiante cão na sala de emergências de um hospital psiquiátrico é o melhor dos convites para a entrada de um ou mais pacientes receosos. 
Finalmente importa dizer que os cães de terapia nesta situação não são só importantes para os pacientes, são-no também para os médicos e enfermeiros, porque a sua presença liberta-os do stress e torna-os mais solícitos. Depois do que dissemos, facilmente podemos compreender porque razões estão os hospitais psiquiátricos de vanguarda a recrutar mais cães de terapia.

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