Quanto gastam os franceses
com os seus animais de estimação (cães e gatos) e como o gastam? Gastarão mais
ou menos que os portugueses? Vamos já ficar a saber! De acordo com dados
adiantados pelo jornal “Le Fígaro”, os franceses adoram de tal modo os animais
de estimação que o seu número é igual ao da população da França, sendo que
51,2% dos gauleses possui pelo menos um. As principais fontes de gastos dos
proprietários com os seus animais são com o seguro médico e de saúde, com a
alimentação e com os acessórios (até aqui nada de novo!).
Segundo um estudo levado a
cabo pela “HealthVet”, uma das maiores despesas com os animais assenta
sobre o seu seguro de saúde, já que 11% do total despendido diz-lhe respeito.
Nos últimos quinze anos a higiene e os cuidados com a saúde dos animais
evoluíram bastante, ao ponto de poderem ser comparados com os dos humanos, uma
vez que existem especialidades emergentes como dermatologia, cardiologia e
também oncologia. O preço das consultas varia entre os 30 e os 50 euros, os gauleses
gastam em média 66.63€ anuais por um animal não segurado e 120€ por um
segurado. Em paralelo, os salões de grooming estão a crescer vertiginosamente,
com propostas de massagens, homeopatias e até sessões de máscara de argila para
animais?!
No topo das despesas
actuais está a alimentação, que em França quase atinge os 3 biliões anuais.
Também o mercado de alimentos para animais de estimação está em crescendo,
oferecendo a cada dia que passa novos produtos com preços mais atraentes. É
possível encontrar de tudo para todas as raças, de croquetes e pastéis até
confeitaria e vitaminas naturais. Como em França a actual tendência é para a
comida biológica, cães e gatos recebem-na também (o conceito “GET-TO-BE-GOURMUTT”
há muito que ali se radicou). São várias as marcas que oferecem comida orgânica
sem corantes nem conservantes para animais de companhia, apesar dessa gama de
alimentos ser um pouco mais cara que o alimento usual.
A maior parte da despesa
com acessórios para animais de estimação acontece no seu 1º ano de vida (cama,
bebedouro e comedouro, trem de limpeza, trela, coleira, brinquedos, microchip,
etc.). Com o passar do tempo, porque o material gasta-se e há quem goste de
variar, compram-se novas coleiras, trelas e algumas roupas, porque existem ali
marcas especializadas em roupas e acessórios para animais. Um dos acessórios
ali essencial é o equipamento para combater pulgas e carraças (coleiras,
pipetas e comprimidos), cuidado que leva as famílias francesas a gastarem 120€
anuais. Apesar de ultimamente os produtos para esse efeito que funcionam por
ultra-sons (tipo controlo de pragas) registarem maior procura, as coleiras
antiparasitas continuam a ser o acessório mais procurado pelos proprietários
dos animais, preferência que fica a dever-se à sua eficácia e acção duradoura
que se estendem de 7 a 8 meses.
Numa pesquisa que estamos
a fazer acerca dos cães militares em França e que leva anos de estudo (já
publicámos alguns textos dela resultantes), descobrimos que as unidades
cinotécnicas policiais e militares gaulesas têm um patrono particular: São
Roque de Montpellier, um santo francês, como não podia deixar de ser, que dizem
ter sido asceta e ter vivido ao serviço do próximo. Desconheço se foi esse o
comportamento do homem, mas tenho absoluta certeza que os cães podem
comportar-se assim se os homens quiserem.
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