Este Sábado com a
temperatura acima dos 30 graus celsius, optámos por levar 3 binómios para a
praia e ensinar os cães a nadar correctamente, já que nem todos sabem e todos precisam
de aprender, não tanto como prática útil mas como subsídio de sobrevivência para
os animais.
Como há muito tempo não
compramos o “Almanaque Borda-d’água” e não estamos acostumados ainda a fazê-lo
pela Internet, acabámos por apanhar a maré vazia quando nos convinha a cheia,
pequeno contratempo que nos transportou de um ribeiro para um imenso rio, onde quase
se apanhavam polvos “à biqueirada”.
Dos três cães convidados:
um CPA lobeiro, um cachorro Rottweiler e uma SRD molossóide, aquele que mais
nos preocupava era o “porquinho alemão” (Rottweiler) porque a raça parece não
ter sido feita para a água e raros são os seus exemplares que nadam
instintivamente. Pela fotografia abaixo, tirada a contra luz, estávamos cheios
de carradas de razão, porque o Slinky desusava os membros posteriores e nadava “à
prego”, somente com as mãos e em círculo (saiu de lá a nadar mas carece de
reavivamento para fixação).
O Bor, o Pastor Alemão, é
tão rápido em terra como no mar e a Hope, a SRD, não apresentou nenhuns
problemas dentro de água e aprendeu a nadar sem dificuldades, muito embora se
sinta mais cómoda a nadar para terra do que mar adentro. E porque a obediência
não pode depender de circunstâncias ideais, exigimos dos binómios a mesma
disciplina dentro e fora de água.
E marchar por marchar,
ainda por cima num dia de muito calor, mais vale fazê-lo dentro de água, os
cães agradecem, os donos pouco se importam e os polvos não apresentaram
qualquer reclamação.
Dando seguimento à fixação
dos comandos de “à frente” e “atrás” operada anteontem, os binómios presentes
foram convidados para escalar um rochedo de “brecha da arrábida”, pedra
multicolor unicamente existente na Serra da Arrábida em Setúbal, por sinal
muito bonita, que é um conglomerado ou rudito, porque é constituída
fundamentalmente por clastos cimentados da dimensão do cascalho (4 a 64 mm).
Como o rochedo se apresentava seco, tudo decorreu na máxima segurança.
Terminámos os trabalhos
com várias passagens sobre um paredão estreito e alto, tendo como objectivo a
aplicação e o reforço do “junto”. O Tomás provavelmente receberá um donativo
inesperado, porque ao perfazer aquele paredão, pisou caca de alguém com graves
distúrbios intestinais, oferta que muito o desagradou e que o levou a mandar os
ténis fora mesmo depois de lavados! O que seria este mundo sem peripécias?
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Paulo/Bor, João/Hope e Tomás/Slinky. Os cães aprenderam
o que foi preciso e os donos apanharam o sol que há muito precisavam. Para a
semana há mais, novos desafios e vitórias para donos e cães. Até lá!
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