Hoje trouxemos a Maggie
mais uma vez para o exterior e rumámos a um shopping perto da sua casa, no
intuito de a sociabilizarmos com o mundo ao seu redor e a capacitarmos para
acompanhar a sua dona por toda a parte, muito embora sejam cada vez menos os
recintos e as áreas comerciais que permitem a livre entrada a cães. O dia para
a cadela começou no café duma pequena localidade, onde encontrou um bebé louco
por cães, bem-disposto e louco por conhecê-la. Depressa se entenderam, a Maggie
percebeu que era um bebé e ele aproveitou para dar azo à alegria. A boa relação
da Bull Terrier com as crianças deve-se ao benjamim da casa que a adoptou: o
Lourenço, um irrequieto garoto agora com 4 anos, com quem sempre conviveu e com
quem forma uma pandilha para o que der e vier!
Já no pequeno shopping,
começámos por ensiná-la a ficar quieta à porta de uma loja até ao regresso da
dona, exercício que resolveu naturalmente mas que por ironia da sorte foi
desenvolvido em condições óptimas, já que nenhum deficiente, arruaceiro, maltrapilho
ou cão por ali passou. E as pessoas que por lá passaram olharam para a cadela
num misto de admiração: admiradas pelo seu comportamento e espantadas com a sua
morfologia.
Sem podermos tirar partido
da variedade e riqueza de transeuntes e clientes, optámos por ensinar e adaptar
a Maggie às escadas rolantes, porque com o peso que tem já não é cómodo
transportá-la ao colo. Depois de algumas subidas e descidas a cachorra
mostrou-se perfeitamente adaptada.
Como forma de
supercompensação e depois de refrescá-la, convidámos a Bull Terrier para se
exercitar num slalom urbano, constituído por pequenos blocos de pedra que
servem de obstáculo ao estacionamento abusivo de viaturas automóveis. A Maggie
está muito boa de condução, praticamente não puxa nada à trela, pelo que
importa dar os parabéns à dona pelas caminhadas diárias que tem empreendido.
Contudo, no caso específico do Slalom, a cachorra necessita de maior alegria e incentivo,
duma dinâmica que a Carla ainda não adquiriu.
Por lapso, a idade já não perdoa, esqueci-me de
mencionar que depois da habituação às escadas rolantes, acabámos por tirar uma
fotografia à cadela, junto ao anúncio de um ginásio, por sinal às moscas e à
espera de dias melhores. Será que também temos ginásios a mais?
Mesmo ao lado do lugar
onde fotografámos a nossa amiga, um garotinho jogava à bola com o pai.
Aproveitámos a ocasião para ensinar a Maggie a não correr atrás das bolas
alheias e muito menos atrás das pertencentes a crianças.
Como tínhamos um ascensor pouco
concorrido e à disposição, não perdemos tempo e fomos habituar a cachorra a andar
de elevador. A novidade não a apoquentou em nada e ainda bem, porque o elevador
era exterior, blindado e o calor começava a apertar.
Finalmente encontrámos
algo que a Maggie não contava: umas escadas em ferro com degraus abertos que
deixavam ver tudo o que se passava debaixo. Para cima, a dócil Bull Terrier
estranhou um pouco mas não resistiu, subindo sem mais demoras e naturalmente
aquela escadaria.
Para baixo é que a coisa
ficou mais complicada, porque tinha medo e não queria descer. Depois de
acalmada e incentivada pela dona, lá desceu as escadas e dali não saiu até que
deixou de estranhá-las. Pouco tempo depois já não era nada com ela, como se
pode ver na foto seguinte.
E assim se passou mais um
dia de instrução na vida da Maggie, uma companheira fiel e meiga que alguém
alcunhou hoje de “Papa-formigas”. Ela até pode ter “cabeça de morteiro”, podem
inclusive chamar-lhe exótica, mas jamais poderão chamá-la de sua, porque ela nunca trocará de casa e de donos e nós estamos cá para que continue assim.
Sem comentários:
Enviar um comentário