quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ALGUNS DADOS SOBRE OS CÃES DOS NAVY SEALS

Antes de falarmos dos cães dos Navy Seals, importa dizer o que é e para que serve este corpo especial de tropas norte-americano. A sigla “SEAL” deriva da sua capacidade de operar no mar (SEA), no ar (AIR), e na terra (LAND). Como tal são uma das principais forças da Marinha dos Estados Unidos, fazem parte do Comando Naval de Operações Especiais (NSWC) e também do Comando de Operações Especiais marítimo (USSOC). As principais funções dos SEALs assentam sobre operações militares de pouco efectivo com início e retorno num rio, oceano, pântano, delta ou litoral. No combate ao terrorismo, os SEALs têm sido quase sempre utilizados em acções terrestres tais como: acção directa, resgate de reféns, antiterrorismo, reconhecimento especial, guerra não-convencional e operações de defesa interna e externa. Foi uma equipa de SEALs que ao ser incumbida da “Operação Lança de Neptuno” procedeu à eliminação de Bin Laden em Abbottabad no Paquistão, no dia 2 de Maio de 2011).
A raça eleita pelos SEALs é o Pastor Belga Malinois, por ser de fácil aprendizagem, possuir uma excelente máquina sensorial, ser rústica, rija, valente e tremendamente rápida, para além de produzir exemplares mais leves do que outras raças até aqui utilizadas, o que facilita o seu transporte de pára-quedas. Nem todos os cães militares ao serviço das forças armadas dos Estados Unidos, são nascidos e criados ali, 85% deles continuam a ser adquiridos na Holanda e na Alemanha e os enviados para os SEALs não escapam a idêntica procedência. A título de curiosidade, porque ainda há pouco falámos sobre Bin Laden e da “Operação Lança de Neptuno”, adianta-se que daquela equipa de SEALs fazia parte um Pastor Belga Malinois, de nome Cairo, que podemos ver na foto abaixo com o seu tratador.
Nos cães, como em tantas outras coisas, o que torna os Malinois dos SEALs diferentes dos demais não é só a qualidade ou o particular do seu treino mas sim o equipamento que transportam: um colete que tem feito furor e que não tem chegado para as encomendas! Trata-se de um colete leve, idealizado por Jim Slater (ex adestrador de cães polícias), designado por “DOG ARMOR”, patenteado no Canadá e vendido pela empresa “K9 STORM”, que é à prova de bala e de estilhaços, isento de partes metálicas para garantir a progressão silenciosa dos cães, agora munido de acessórios especiais para câmeras de infravermelhos e para visão nocturna, para que os tratadores caninos possam ver o mesmo que os seus companheiros de 4 patas, através de um pequeno monitor, mesmo que circulem até 300 metros à sua retaguarda. Estes coletes têm ainda incorporado um microfone ligado a um altifalante que possibilita que tratadores e cães estejam em constante contacto.
A maioria dos cães inicia a sua instrução militar na Base da Força Aérea de Lackland. É comum, quando cachorros, serem colocados em casas de acolhimento, onde recebem algum pré-treino leve. Há imitação doutros soldados e dos seus tratadores, estes excelentes cães de guerra também se encontram sujeitos a stress pós-traumático e sofrem em demasia com a perca dos seus líderes. No total das Forças Armadas Americanas existem 2.500 cães no activo e cerca de 700 destacados em vários conflitos.
Até ao Ano 2000, altura em que o Presidente Bill Clinton ratificou  a “LEI DE ROBBY” (lei HR 5314), que possibilita a adopção de cães militares aposentados ou dispensados do serviço, os cães de guerra, ao serem considerados “equipamento”, foram simplesmente abatidos e nenhum dos seus tratadores pôde reclamá-los para si. Apesar da adopção dos veteranos cães de guerra ser hoje possível, ela obedece a um conjunto de requisitos e trâmites que não a tornam fácil (compreende-se porquê). Os cães dos SEALs são “unha com carne” com os seus tratadores, andam por aí sem os vemos e se por acaso os virmos, tanto os podemos ver na terra, como mar ou no ar.  

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