quinta-feira, 13 de maio de 2021

REINO UNIDO: NÃO À IMPORTAÇÃO DE CÃES COM ORELHAS CORTADAS

 

O Reino Unido está a mover-se para proibir a importação de cães com as orelhas cortadas diante de um aparente aumento dessa prática impulsionada por estrelas pop e outras celebridades, o que levou os veterinários a pedir regras mais rígidas ao governo. O governo conservador da Grã-Bretanha disse esta semana que vai introduzir a proibição de importação de cães com as orelhas cortadas como parte de uma série de medidas destinadas a melhorar o bem-estar animal, incluindo o microchip obrigatório para gatos e a proibição das coleiras de choques eléctricos no treino dos cães. Estas alterações serão sujeitas a votação parlamentar e farão parte de uma série de projectos de lei, disse hoje um porta-voz do governo britânico. Esta decisão governamental é uma vitória para a British Veterinary Association (BVA), que no ano passado se juntou à organização de bem-estar animal The Foal Group, para iniciar uma petição a pedir a proibição de cães com orelhas e caudas amputadas, petição que acumulou mais de 100.000 assinaturas e que forçou os legisladores a considerar o assunto.

Esta pressão sobre o governo da Grã-Bretanha está a contribuir para o debate global sobre a proibição ou restrição de procedimentos com poucos ou nenhuns benefícios para a saúde animal, como é o corte de orelhas, o corte de cauda e declamação nos gatos. O Reino Unido proibiu o corte de orelhas há muito tempo, mas os britânicos podem importar cães com as orelhas cortadas - uma brecha que a BVA teme que incentive o corte de orelhas clandestino e ilegal em solo britânico. O corte de orelhas é proibido em muitos locais, incluindo Europa e Australásia, mas é permitido nos Estados Unidos. O processo, também conhecido como otoplastia cosmética, envolve o corte de parte das orelhas de um cão para deixar o deixar com elas erectas. Crê-se que as orelhas erectas tornam o animal mais intimidante. Na pior das hipóteses, o corte é realizado de forma grosseira por não-veterinários, mediante bisturis ou tesouras e sem anestésico. Quando realizado por profissionais veterinários, o processo expõe potencialmente os animais aos riscos cirúrgicos comuns de infecção e a complicações durante a anestesia. Esta decisão acertada do governo de Sua Majestade vai permitir que mais cães possam melhor usar as suas expressões mímicas na comunicação e melhorar o seu desempenho físico pela existência da cauda.

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