Dou
comigo a perguntar a mim mesmo, face aos estúpidos ataques caninos sobre
crianças, onde é que os donos desses animais e os responsáveis pelas crianças têm
a cabeça, certamente acreditam em milagres e crêem que os azares só acontecem
aos outros. Enquanto persistirem piedosas inverdades acerca dos cães e do seu
comportamento inato, muitas crianças virão a ser atacadas, rasgadas, amputadas
e até mortas, o que lamentavelmente tem acontecido com alguma frequência. Estes
crimes não estão ser punidos de acordo com a sua gravidade e urge que o sejam.
Por outro lado importa dizer que os cães não são todos bonzinhos e que só são
mauzinhos quando os tratam mal, porque há raças que defendem os donos
naturalmente, agredindo os estranhos, e outros que são por natureza anti-sociais.
A somar a isto, os cães ao lado dos donos sentem-se mais seguros e são mais
propensos a escorraçar intrusos à dentada. Este fim-de-semana, no município alemão
de Schlüchtern, situado no Distrito de Main-Kinzig e no Estado do Hessen,
aconteceu um já esperado ataque canino sobre uma menina de 5 anos com que
ninguém contava.
De acordo com o que fez saber a polícia, tudo aconteceu numa festa de aniversário realizada num jardim que contou com a presença de 10 pessoas. Entre os convidados estava um jovem de 19 anos que se fazia acompanhar pelo seu cão, um Staffordshire Terrier, animal que mantinha à trela. Quando a menina de 5 anos se aproximou do cão para acariciá-lo, ele atacou-a e mordeu-lhe o rosto. Gravemente ferida, a menina foi levada pelo helicóptero da emergência médica para uma clínica. Se os organizadores da festa e os seus participantes usassem das devidas cautelas nada haveria a lamentar. A menina dificilmente seria mordida se as pessoas responsáveis por ela não a deixassem chegar ao cão, pelo que aqui alguém faltou aos seus deveres. Também não compreendo por que razão o rapaz levou o cão para a festa, já que fazia ali tanta falta “como uma viola num enterro”. Sofreria o cão de ansiedade da separação e não teria a quem o deixar? É possível. Certo é que a menina avançou para o cão atrelado e acabou severamente mordida, como seria de esperar, apesar de eventualmente ninguém ali o esperar. O mau-hábito de permitir às crianças correr para cima de cães desconhecidos nunca devia ter acontecido e quando mais cedo acabar, melhor. Desconheço quem seria ou será o idiota desta ideia infanticida que tantas crianças tem vitimado.
Sem comentários:
Enviar um comentário