domingo, 30 de maio de 2021

CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO

A Landwirtschaftskammer Steiermark (Câmara de Agricultura da Estíria) na Áustria, ao acreditar no diálogo, está a desenvolver uma campanha de sensibilização junto dos proprietários caninos no sentido sensibilizá-los para a apanha dos dejectos dos seus cães em campos e prados, que ao serem consumidos junto com a forragem poderão levar até ao estômago dos animais (vacas e ovelhas) bactérias e parasitas que poderão resultar em natimortos. No seguimento deste propósito, a mesma câmara já instalou 2.000 placas de aviso ao longo das pastagens, cujo título é: “O bem-estar dos animais necessita de uma responsabilidade partilhada”. 

“Queremos um bom relacionamento. Entendemos e queremos que as pessoas usem a natureza, mas com o necessário respeito à propriedade de outrem. Muito pouca atenção é dada ao facto dos excrementos dos cães nos prados acabarem na ração, o cidadão também é responsável pelos animais do outro e não apenas pelos seus”, afirmou o Director da Câmara de Agricultura Werner Brugner. A Landwirtschaftskammer Steiermark lembra ainda que qualquer pessoa que deixar lixo ou excrementos de cão num prado poderá ser confrontada com o seu proprietário - o fazendeiro - com um processo de violação de propriedade.

Rudolph Grabner (na foto seguinte), especialista em gado da mesma Câmara de Agricultura, referindo-se a latas de refrigerantes amassadas e a plásticos estilhaçados, indevidamente desleixados nos prados, quando ingeridos pelos ruminantes, neste caso concreto pelos bovinos e ovinos, tendencialmente perfuram a parede do estômago destes animais e atingem o seu músculo cardíaco, causando nele inflamações prolongadas que levam à morte dos animais. 

Afortunadamente, este problema não acontece aqui frequentemente, porque as explorações pecuárias não se encontram perto das cidades e por conseguinte da maior proliferação de cães e dos seus passeios diários. Por outro lado, devido exiguidade das propriedades e à pobreza dos nossos solos, a maioria do nosso gado é criado em regime de confinamento, exceptuando no Alentejo (que tem cada vez menos gado) e em pequenos nichos de exploração espalhados pelo país. O problema colocar-se-á mais aos fins-de-semana, quando alguns citadinos rumam ao interior e soltam por lá os seus cães para borrarem à vontade, distantes dos seus olhos e das suas obrigações, como estão acostumados a fazer nas emporcalhadas calçadas urbanas.

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