O
número de cães registados na Finlândia ultrapassou pela primeira vez o número
de bebés recém-nascidos no ano passado. Quem o diz é a “Statistics Finland”,
organismo equivalente ao nosso Instituo Nacional de Estatísticas. Segundo ele,
nasceram 46.452 crianças contra 48.895 cachorros em 2020, uma diferença de
quase 2.500. O Finnish Kennel Club revelou que o registo de novos cães aumentou
quase 8% no ano transacto, justificando esse aumento com as restrições impostas
no combate contra o coronavírus. A MTV diz que os criadores de cães têm usado
as suas próprias redes para dar resposta à demanda por animais de estimação.
Todas as raças caninas têm ali um período de espera de pelo menos 6 meses. Com
tamanha procura, os criadores de cães continuam a aumentar os preços de certos
cães com pedigree, como sucedeu com os cachorros Jack Russell, que custavam
1.200€ cada e que de repente passaram a custar 1.600€.
Enquanto os criadores de cães estão a dar resposta ao “boom dos cachorros”, os hospitais e as clínicas femininas da área metropolitana de Helsínquia estão esperançados num “baby boom” esta primavera, com muitos a expandir as suas maternidades. Em 2020, a Finlândia registou um aumento mínimo nas taxas de natalidade pela primeira vez em 10 anos, tendo actualmente uma das menores taxas de fecundidade e natalidade do Mundo. Este fenómeno não se encontra restrito só à Finlândia, tende a repetir-se por todas as partes do Globo, o que levanta de imediato as seguintes questões: para quem trabalham as famílias de hoje? Quem herdará a riqueza que produzem? Herdarão os cães a Finlândia e o Mundo?
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