Na
cidade alemã de Leipzig, na manhã de 20 de novembro do ano passado, quando passeavam
os seus cães, dois proprietários caninos encontram-se e estoirou uma discussão,
porque o mais velho deles, homem de 52 anos, circulava com o seu cão solto, o
que muito desagradou ao outro dono, também ele do sexo masculino e com 32 anos
de idade. Horas depois, este último foi à procura do seu oponente e deu com ele
à noite no mesmo local, desferindo-lhe uma facada uma das têmporas, morrendo a
vítima cinco dias depois do ataque.
Meio
ano depois da discussão fatal, o homem de 34 anos está a ser julgado hoje,
terça-feira, no Tribunal Regional de Leipzig, acusado de assassinato, agendando
o tribunal um total de seis dias de julgamento até 22 de Junho. Quiçá pelas
alterações climáticas, uma vez que o Mediterrâneo está com um clima tropical e
o norte da Europa com um mediterrânico, muitos alemães estão a revelar-se
demasiado emocionais e descontrolados, comportamentos historicamente atribuídos
aos meridionais. As discussões à volta de cães são demasiado passionais, mexem com os afectos de cada um, os
cães são por muitos considerados filhos e há sempre quem se sinta na obrigação
de defender “a honra da família”, ao invés de tentar resolver as situações com
temperança e sensatez, remetendo para as autoridades tudo aquilo que excede o
seu juízo e competência. Seria bom não esquecermos tão depressa este caso de
Leipzig, porque as discussões à volta de cães podem dar azo à morte, exactamente
como outra discussão qualquer.
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