Pesquisadores
da UC Berkeley, do Laboratório Sreenath, ao modificarem um robot quadrúpede do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts num cão-guia robot, desenvolveram um
robot totalmente autónomo, capaz de guiar humanos invisuais e parcialmente
invisuais à volta de obstáculos e em espaços confinados. No futuro, a nova
invenção poderá fornecer uma alternativa robótica aos tradicionais cães-guia
para cegos.
Com
base em tecnologias inovadoras, este robot é totalmente autónomo em ambientes
urbanos. Projectado para assumir o papel de um cão-guia tradicional, a nova
invenção poderá conduzir um humano com deficiência visual ao segurar-lhe pela
guia. Contrariamente aos robots para cegos anteriores, este último protótipo
pode contornar obstáculos e lidar com espaços confinados. Para se aperceber do
que o rodeia, este robot está equipado com um sistema de lasers de longo
alcance.
Possui
também uma câmera giratória que segue o invisual para determinar a sua posição.
Na prática, o dispositivo funciona como um auxílio à navegação GPS, que o
usuário programa com um ponto de partida e um de destino. Depois disso, o robot
calcula a distância que precisa de percorrer, assim como os seus futuros
movimentos. Durante a viagem vai adaptando o seu comportamento em função da
localização e da trajectória da pessoa que está a guiar.
A produção deste novo cão-robot é actualmente muito dispendiosa, mas os pesquisadores esperam que ela se torne em breve mais acessível. Os cães-guia robots têm também uma vantagem importante sobre os cães-guia animais, conforme afirma Li Zhongyu, líder do projecto: “Com a ajuda de um cão-guia robot, podemos transferir o nosso código directamente de um robot para outro, contrariamente ao treino dos cães-guia tradicionais que é caro e demorado, enquanto o comportamento dos cães robots pode ser melhorado instantaneamente com a actualização da sua programação.” A equipa de pesquisa pretende também possibilitar a sincronização do cão-robot com softwares de navegação em smartphones e computadores. “O nosso cão-robot tem uma forma de inteligência sobre a navegação do ponto A ao ponto B”, explica um dos pesquisadores, Li Zhongyu, na revista “New Scientist”. Alguém duvida que o cão-guia robot está para chegar? Só não chegará se entretanto o mundo acabar primeiro!
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