segunda-feira, 24 de maio de 2021

MAIS DE 90% DE PRECISÃO

A Medical Dogs, instituição de caridade do Reino Unido dedicada a cães de detecção médica, está a anunciar um grande progresso no seu estudo relativo à possibilidade de cães especialmente treinados poderem farejar Covid-19 em pacientes, mesmo nos assintomáticos. Na primeira fase da experiência, realizada com a colaboração com a London School of Hygiene & Tropical Medicine e com a Durham University, seis cães foram encarregados de identificar o odor do vírus. Os resultados mostraram uma sensibilidade de até 94,3% e uma especificidade de até 92%. Apesar dos cães não substituírem os testes PCR, eles podem ser implantados em grandes ambientes públicos como primeiro método de triagem rápido (porto, aeroportos, terminais rodoviários e outras zonas de embarque). 

Para a realização do teste, 3.750 pessoas de todo o Reino Unido doaram amostras de roupas usadas que foram presas a suportes de metal para os cães farejarem (meias e máscaras). Se a peça de roupa cheirasse a Covid-19, o cão indicava isso ao seu treinador; se não detectasse o vírus, passaria pela amostra sem dar qualquer indicação. Perante o seu acerto, os cães foram recompensados com uma guloseima ou com um jogo de bola. “Isto prova o impacto positivo que os cães, com seu rápido tempo de resposta, podem ter na triagem em massa quando acompanhados por um teste de PCR confirmatório, enquanto continuamos a lutar contra a pandemia. Acreditamos que seus narizes podem fornecer uma forte linha de defesa contra futuras pandemias”, disse o diretora científica e investigadora principal do estudo, Claire Guest, no site dos cães de detecção médica. 

Este teste inglês sucede e confirma um alemão realizado em Hannover e depois de vários aeroportos, como o de Helsínquia e do Dubai, já estarem a usar cães na detecção do Covid-19 nas suas áreas de embarque e desembarque. Não obstante, a confirmação da utilidade canina na detecção do Covid-19 é sempre bem-vinda.

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