Cães
soltos e à deriva são motivo de séria preocupação na região do Mar do Wadden,
também conhecido por Mar Frísio, situado ente as Ilhas Frísias e o Mar do
Norte, que em 26 de Junho de 2009 foi declarado património Mundial pela UNESCO.
Lá, apesar de ser proibido transitar com cães soltos, são muitos os cães que
vagueiam livremente, o que deixa os nervos em franja dos que respondem pela
administração do Parque Nacional em Tönning, especialmente na época de
reprodução de aves e focas, já que os cães são para elas e para as suas crias uma
verdadeira ameaça. A fuga aos cães gasta escusadamente energia e reservas de
gordura que aves em repouso e reprodução necessitam urgentemente para a sua
rota de migração.
Como
as aves reprodutoras são incapazes de proteger os seus ovos e crias dos
predadores, a consequência a longo prazo poderá levar ao abandono das suas
tradicionais áreas de reprodução, alimentação e descanso, o que obviamente se
pretende evitar a todo o custo. Também os pastores se queixam dos cães soltos a
correr pelos diques afora, que ao que tudo indicam já lhes causaram alguns
problemas e embaraços.
Michael Kruse, chefe da administração deste Parque Nacional, aludindo aos problemas causados pelos cães soltos, disse esta quarta-feira: O problema é uma mistura de ignorância e falta de percepção por parte dos proprietários dos cães em questão.” O apelido deste responsável pelo parque em alto alemão significa “jarro” e ele entornou-o a preceito, denunciando os verdadeiros responsáveis – os donos. Donos que devem ser analfabetos, porque não faltam no parque escritórios de turismo, placas, painéis informativos e publicações. E também não devem ser muito inteligentes, porque não faltam por lá praias para os cães e nos últimos anos foram criadas várias áreas onde também podem ser soltos e correr livremente. O que levará estes proprietários caninos a pôr em causa um ecossistema tão sensível? Michael Kruse já o disse e disse-o bem!
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