segunda-feira, 31 de maio de 2021

DE RESGATADO A POLÍCIA

 

A polícia norte-americana de Burlington City, no condado com o mesmo nome, no Estado de New Jersey, tem um novo recruta com muita energia e faro para identificar problemas, trata-se do “Dutch”, um cruzado de Pastor Alemão com Pitbull, com 11 anos de idade e resgatado do Abrigo de Animais da cidade, onde apenas tinha dado entrada há três meses atrás. O Departamento de Polícia de Burlington City destinou-o ao agente Justin Zeuner e à sua família, que perdeu recentemente o seu antigo parceiro K9, o Tonto. O Polícia Zeuner e a sua família completaram a adopção do Dutch na última terça-feira no Animal Shelter em Westampton, devendo os dois parceiros iniciar o seu treino na Academia de Treino de Filadélfia ainda este verão.

Dutch é o segundo cão resgatado de um abrigo a ser treinado como policia K9 durante este ano. Arrow, um jovem belga Malinois, foi adoptada pela força policial de Lower Southampton no condado de Bucks, Pensilvânia, depois de ter sido resgatada pela “Rescue 22 Foundation”, um grupo de resgate de animais com sede em East Greenwich. Arrow e o seu treinador, o polícia de Lower Southampton Kyle Heasley, estiveram entre um grande grupo de polícias e voluntários por ocasião da adopção de Dutch. Os dois cães receberam coletes à prova de bala doados pela Associação de Cães de Guerra dos Estados Unidos. “Este é um óptimo dia para se estar no Condado de Burlington. Testemunhámos outro cão do nosso abrigo a encontrar um novo lar e uma nova ocupação como polícia K9 e vimo-los receber novos coletes de proteção ”, disse o comissário O'Connell, que completou: “Assim como os nossos polícias são protegidos, também os nossos polícias de quatro gozam da mesma protecção.”

Bob Thompson, membro fundador da Associação de Cães de Guerra dos Estados Unidos, disse que soube dos casos do Dutch e da Arrow através de um vizinho que é voluntário no abrigo e que a liderança do grupo concordou rapidamente em doar os dois coletes, tendo custado cada um deles cerca de 1.000 Dólares. O comissário O'Connell disse que o Dutch e a Arrow são exemplos inspiradores do sucesso que a equipa do abrigo e os seus voluntários tiveram em encontrar novos lares para os cães e gatos que passam pelas portas do abrigo. 

Cerca de 500 cães e gatos foram adoptados do abrigo desde o início deste ano até agora. Outros 166 foram promovidos por grupos de resgate. No ano passado, mais de 1.700 cães e gatos foram adotados no abrigo. “Estamos gratos por esses departamentos de polícia terem reparado no potencial destes dois cães maravilhosos e esperamos que outros ouçam falar deles e se sintam inspirados para vir ao nosso abrigo e dar uma segunda chance a outro cão ou gato daqui. O seu próximo companheiro pode estar à sua espera ”, disse O'Connell. As idas ao estrangeiro para avaliar e recrutar cães estão a passar de moda, com os exércitos e as polícias de todo o mundo a aceitar doações e a recorrer cada vez mais aos cães de abrigo. E quando assim não é, exactamente como o actual anúncio da Worten, os holandeses têm de tudo e a preços acessíveis, digam que cão querem e logo os súbditos do Koning Willem-Alexander o porão ao vosso dispor, preterindo a pureza racial em função da qualidade laboral.

DESCULPA MAX, O ZÉ TAMBÉM ESTÁ A APRENDER!

 

Com a neblina a subir pela encosta da serra e com o mar encoberto, iniciámos os nossos trabalhos matinais de hoje, exclusivamente dedicados ao binómio José/Max. O Max está a evoluir surpreendentemente e o José não se pode atrasar, porque neste momento o cão já sabe mais do que o dono, mostrando aptidões encorajadoras e uma disponibilidade a todos os títulos louvável. Na foto acima é o “à frente” que está a ser solicitado ao Max, para que servia de subsídio de tracção ao José, na ocasião dentro de uma vala. Na foto seguinte vemos o CL Max a caminhar sobre umas travessas no intuito de equilibrar e harmoniza a projecção dos seus membros traseiros com os dianteiros.

Com pouco espaço de entrada, o que obrigou a um grande salto vertical, solicitámos ao Max que saltasse para cima de uma caixa de betão, que à entrada apresentava duas soluções, podendo ser ultrapassada tanto por cima como por baixo, como a última solução era a mais fácil e a que estava sintonizada com os instintos do cão, no intuito de reforçar a liderança do Zé, ordenámos ao cão que saltasse para cima da caixa.

Hoje iniciámos o treino do “quieto” ao Max, que se mostrou irrequieto e nada interessado em permanecer imóvel com os olhos postos no dono. Para primeiro dia não foi nada mal e depressa aprenderá a ficar quieto até que o dono o chame.

Sobre uns cubos de pedra de 50 cm de lado e distantes entre si 300 cm, pedimos ao Max que saltasse para cima de todos e que se sentasse a seguir, visando o automatismo dos comandos “alto” e “senta”. Tudo correu conforme o esperado e cubos é com o Max!

Num passadiço interrompido aproveitámos para iniciar este excelente Castro Laboreiro nos saltos de extensão, a partir de uma diferença de nível de 100 cm. O cão resistiu ao princípio, mais pela impropriedade dos comandos do seu condutor do que por qualquer outro motivo.

Conforme se pode ver no GIF seguinte, este valente cachorro autóctone foi também hoje introduzido com sucesso aos muros visando a sua evasão e salvaguarda em caso de necessidade. A prática da transposição dos muros contribuiu também para o reforço do comando de “up” que se espera pronto e imediato, tanto para saltar para o carro como para a marquesa do veterinário.

Depois de termos acostumado o Max às passagens estreitas, visando o aumento da sua confiança no dono, convidámo-lo para ultrapassar o tronco da vara e o cachorro venceu o obstáculo com segurança e alegria, marchando na frente do seu dono como se estivesse em terreno plano e espaçoso.

No final das actividades tirámos uma fotografia ao binómio junto de uma pintura mural onde resplandeciam uns bonitos, subversivos e femininos olhos azuis, o que de imediato me lembrou da canção “Spanish Eyes” de Charles Singleton e Eddie Snyder, com música do alemão Berthold Kämpfert (Moon over Naples), imortalizada por vários cantores de renome, dos quais destaco, por ser amante de música country, Willie Nelson. O binómio ficou bem na fotografia.

O CL Max está a evoluir nos trabalhos satisfatoriamente e mais evoluiria se o Zé recapitulasse em casa tudo aquilo que o cão aprende nas aulas. Este cão é mais um que pertence à classe dos que têm um grande defeito - o de não me pertencerem. 

JÁ SE ESPERAVA E NINGUÉM CONTAVA!

 

Dou comigo a perguntar a mim mesmo, face aos estúpidos ataques caninos sobre crianças, onde é que os donos desses animais e os responsáveis pelas crianças têm a cabeça, certamente acreditam em milagres e crêem que os azares só acontecem aos outros. Enquanto persistirem piedosas inverdades acerca dos cães e do seu comportamento inato, muitas crianças virão a ser atacadas, rasgadas, amputadas e até mortas, o que lamentavelmente tem acontecido com alguma frequência. Estes crimes não estão ser punidos de acordo com a sua gravidade e urge que o sejam. Por outro lado importa dizer que os cães não são todos bonzinhos e que só são mauzinhos quando os tratam mal, porque há raças que defendem os donos naturalmente, agredindo os estranhos, e outros que são por natureza anti-sociais. A somar a isto, os cães ao lado dos donos sentem-se mais seguros e são mais propensos a escorraçar intrusos à dentada. Este fim-de-semana, no município alemão de Schlüchtern, situado no Distrito de Main-Kinzig e no Estado do Hessen, aconteceu um já esperado ataque canino sobre uma menina de 5 anos com que ninguém contava.


De acordo com o que fez saber a polícia, tudo aconteceu numa festa de aniversário realizada num jardim que contou com a presença de 10 pessoas. Entre os convidados estava um jovem de 19 anos que se fazia acompanhar pelo seu cão, um Staffordshire Terrier, animal que mantinha à trela. Quando a menina de 5 anos se aproximou do cão para acariciá-lo, ele atacou-a e mordeu-lhe o rosto. Gravemente ferida, a menina foi levada pelo helicóptero da emergência médica para uma clínica. Se os organizadores da festa e os seus participantes usassem das devidas cautelas nada haveria a lamentar. A menina dificilmente seria mordida se as pessoas responsáveis por ela não a deixassem chegar ao cão, pelo que aqui alguém faltou aos seus deveres. Também não compreendo por que razão o rapaz levou o cão para a festa, já que fazia ali tanta falta “como uma viola num enterro”. Sofreria o cão de ansiedade da separação e não teria a quem o deixar? É possível. Certo é que a menina avançou para o cão atrelado e acabou severamente mordida, como seria de esperar, apesar de eventualmente ninguém ali o esperar. O mau-hábito de permitir às crianças correr para cima de cães desconhecidos nunca devia ter acontecido e quando mais cedo acabar, melhor. Desconheço quem seria ou será o idiota desta ideia infanticida que tantas crianças tem vitimado.

STAFFORDSHIRE MOORLANDS À COCA!

 

Para alertar os proprietários caninos que não apanham os dejectos dos seus cães em North Staffordshire, Inglaterra, o Conselho Distrital de Staffordshire Moorlands colocou uma série de avisos em toda a área, mormente nos chamados “pontos críticos”, locais onde os donos insistem em não apanhar a trampa produzida pelos seus animais (temos cá muitos donos prà troca). Nos avisos é dito que aqueles locais estão a ser fiscalizados pela polícia ambiental, que a multa actual pelo abandono dos dejectos é de 100 libras, mas que pode chegar às 1.000. Um porta-voz do conselho Distrital disse que as áreas onde as placas foram instaladas também verão um aumento da fiscalização, acrescentando: “Nós movemos as placas de aviso ao redor das áreas críticas e vamos tentar cobrir todo o distrito ao longo do tempo”.

"Com a movimentação das placas de aviso, as pessoas percebem-nas como um acréscimo - dessa forma, elas não se tornam papel de parede num local onde ninguém as vê. Normalmente deixamos as placas pelo menos um mês antes de movê-las e durante esse tempo aumentamos a fiscalização naquele local." Uma série de sinais foram colocados em Endon e Brown Edge, onde o vereador Joe Porter (na foto abaixo) diz que os residentes estão fartos de ver dejectos de cães por recolher. O Sr. Porter, um conselheiro da ala para a área, além de ser um membro da Endon e do Conselho Paroquial de Stanley, disse: "Como acontece com outros conselheiros, os dejectos caninos são uma das três principais questões que os residentes me levantam todas as semanas.”

"Durante o ano passado e durante o bloqueio, eu diria que tivemos muitos problemas à volta dos dejectos caninos. E é uma pena que isso esteja a acontecer em Endon e Brown Edge. É uma minoria muito pequena de pessoas que não está a apanhá-los. A grande maioria das pessoas cumpre com o estabelecido e temos muitos donos responsáveis." O Sr. Porter diz que Endon está bem abastecido com lixeiras. "De acordo com a equipa do conselho, temos mais lixeiras do que em qualquer outro lugar nas Moorlands", acrescentou. "Já fiz anteriormente campanha para obter mais sinais de alerta sobre os dejectos caninos e também recebi uma lixeira adicional para a propriedade da The Plough. Espero que esses sinais encorajem a minoria a fazer a coisa certa." Aqui também não nos falta gente porca que não apanha o cocó dos seus cães, temos leis que sancionam estes actos e as nossas multas não são menos pesadas, só nos falta a necessária fiscalização.

O MAU-HÁBITO DA VINGANÇA NOS ANIMAIS

 

Quando alguém procura magoar seriamente outro, é comum vingar-se no seu animal de estimação, não hesitando inclusive em eliminá-lo, consciente da dor que causa e da crueldade dos seus actos. Já tivemos conhecimento de malvados que lançaram cães e gatos pela janela, que os jogaram de pontes abaixo, que os arrastaram presos a automóveis, que os mutilaram, envenenaram, cegaram, esganaram, enforcaram e afogaram. Felizmente alguns animais conseguem sobreviver incólumes aos seus cobardes intentos, outros infelizmente acabarão por ficar com sérias sequelas ou morrerão. Na cidade alemã de Besigheim, no Distrito de Ludwigsburg, na região administrativa de Stuttgart e no Estado de Baden-Württemberg, na passada sexta-feira, dia 28 de Maio, aconteceu mais um caso destes.

Segundo relatou a polícia local anteontem, Sábado, Um homem de 42 anos, por razões ainda por determinar, na sequência de uma acalorada discussão, atirou com alguma violência uma lata de cerveja à cabeça de uma senhora de 54 anos, lançando depois o cão dela ao Rio Enz. A senhora perdeu por breves momentos a consciência e foi ainda pontapeada no chão. Alguns transeuntes vieram em seu socorro e verificaram que se encontrava levemente ferida. Afortunadamente, o seu cão escapou ileso. Justificaria a raiva à dona o afogamento do animal? Não, de maneira nenhuma! Ainda falta muito para que todos compreendam que os animais são vidas ao nosso encargo, que é nossa obrigação protegê-los.

domingo, 30 de maio de 2021

ROBIN HOOD AUSTRALIANO

 

Não estamos a falar de alguém que trocou a Floresta de Sherwood em Inglaterra pela Floresta Tropical de Daintree na costa nordeste de Queensland, na Austrália, nem é de ficção que vamos falar, mas sim de um assunto sério acontecido na cidade australiana de Townsville, cidade também localizada no estado de Queensland. Consta-se que um homem teve que assistir ali à morte do seu Golden Retriever perpetrada por 3 Pitbulls. Em vão tentou o pobre homem livrar o seu cão dos cães agressores, mas estes eram muito fortes e só pararam quando o Golden finalmente morreu. Depois de completarem o seu banho de sangue, os Pitbulls puseram-se em fuga, sobrando um dono desesperado a forjar um plano brutal de vingança após aquele ataque letal. Na noite de sexta para sábado, o dono do tragicamente falecido Golden marchou de arco e flecha contra os Pitbulls, que pertenceriam a um vizinho seu. Por voltas das duas da madrugada, a polícia de Queensland recebeu uma chamada de emergência, segundo adianta o Daily Mail. Quando os polícias locais chegaram à Bligh Street já era tarde demais, dois Pitbulls já se encontravam mortos no chão e um terceiro estava gravemente ferido.

A polícia disse ao Daily Mail Australia que ainda nenhuma acusação foi feita e que a investigação está a decorrer. Recentemente houve um incidente com outro Pitbull em Brisbane, a 1.300 km ao sul dali. O Pitbull em causa teria atacado um pequeno cão num shopping, matando-o na frente de clientes horrorizados, que anteriormente haviam pedido ao dono do Pitbull que o prendesse à trela, pedido a que o dono não anuiu e que resultou naquele fim trágico. Após estes incidentes, é provável que esta controversa raça de cães fique ainda mais malvista aos olhos dos australianos. Com 3 Pitbulls em cima não há cão que resista, mesmo que conte com a ajuda do seu dono, a menos que este opte rapidamente por eliminá-los com os meios ao seu dispor, acção só possível por alguém precavido, experimentado e disposto a tudo. Não podemos elogiar a acção deste Robin Hood Australiano, mas compreendemos de certa forma o seu desnorte.

NÓS POR CÁ: A MARQUISE DO RONALDO

 

Adianto desde logo que não tenho qualquer animosidade contra este jogador de futebol, que não sofro de nenhuma “clubite aguda” e que o cidadão Ronaldo é-me totalmente indiferente, não me sentido nem mais nem menos português por causa dele. Agora, à medida que lhe vão faltando as “canetas”, por mais doações que faça depois de ter fugido aos impostos em Espanha, enquanto novo-rico que se julga acima das leis que afectam os comuns mortais, este madeirense irá sofrer a segunda fase da sua ascensão como vedeta e milionário bem-sucedido. É hábito em Portugal, na 1ª fase de ascensão dos novos-ricos, que todos se rendam ao seu sucesso e que sejam admirados. Na segunda fase passam de admirados a invejados e muitos não hesitarão em mordê-los e roê-los de todas maneiras possíveis, vindo disto a história da sua marquise clandestina no apartamento milionário que comprou em Lisboa, preço obrigado a pagar por ser figura pública, pois caso fosse um comum e ignoto cidadão que se desse bem com os vizinhos, aquela marquise passaria despercebida e ninguém se queixaria dela.

Estou-me literalmente borrifando se a dita marquise vai ser demolida ou não, o que eu não aguento é a importância que é dada ao assunto, a notícia mil vezes repetida, o empolgamento dos pivots, os comentários dos implicados, a algazarra e o enredo à volta de uma simples marquise no topo de um prédio. Como seria de esperar e à falta de melhor assunto, a marquise vende e rende enquanto outros se preparam, longe destas patranhas, para deitar a mão ao dinheiro europeu da “bazuca”, descartando a hipótese de pagar as dívidas, roubos e desfalques que dizem nunca ter contraído, assistindo a tudo isso o exagerado número de portugueses no limiar da pobreza, que caso não satisfaçam as suas dívidas, ninguém os livra da prisão. Ao ver tudo isto, e não é preciso ser-se muito esperto, o futebolista também se acha no direito de erigir uma marquise sem dar cavaco a ninguém, independentemente de ser uma ameaça para os aviões, para a cidade e para os cidadãos seus patrícios, muitos deles que o veneram como um ídolo. Desejo ardentemente que o Ronaldo não caia da dita marquise, porque doutro modo jamais nos livraremos dela.

LÁ VAI MAIS UM POR NÃO TER DONO

 

A polícia austríaca do Distrito de Graz-Umgebung investigou ontem, Sábado, em Premstätten, a possível morte de um cão por engodo envenenado. Tudo aconteceu na passada Quinta-feira quando um homem de 55 anos saiu com o seu Yorkshire na área de Jochen-Rindt-Weg, no Distrito de Hautzendorf. É provável que o cão tenha comido uma isca envenenada durante o trajecto, segundo adiantou o Departamento de Polícia da Estíria num comunicado. Depois de um veterinário ter confirmado a morte do animal por envenenamento, o dono relatou o caso às autoridades policiais. Já em Março deste ano foi descoberta uma isca envenenada nos espaços verdes dedicados aos cães em Graz e desde então a Grazer Ordnungswache (Guarda de Segurança de Graz) tem patrulhado mais de perto o local para proteger os animais.

Para quem não quer ou não tem paciência para ensinar a recusa de engodos ao seu cão, o melhor que tem a fazer é sair com ele açaimado à rua. O açaime não serve só para impedir os cães de morder, pode também salvar-lhes a vida ao impedi-los de comer o que não devem. O uso rotineiro do açaime nestas circunstâncias pode inclusive desacostumar os cães de comer na rua, mesmo quando não lhes é posto por esquecimento. Com o desconfinamento, o tempo quente e as saídas para os jardins, parques e florestas, os conflitos entre pessoas e cães tendem a aumentar, havendo alguns indivíduos que não hesitarão em matá-los cobardemente. Não se esqueça, o açaime pode salvar a vida ao seu cão, nomeadamente quando o passeia solto. O cão austríaco morreu por que não tinha um dono precavido – você já está avisado!

CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO

A Landwirtschaftskammer Steiermark (Câmara de Agricultura da Estíria) na Áustria, ao acreditar no diálogo, está a desenvolver uma campanha de sensibilização junto dos proprietários caninos no sentido sensibilizá-los para a apanha dos dejectos dos seus cães em campos e prados, que ao serem consumidos junto com a forragem poderão levar até ao estômago dos animais (vacas e ovelhas) bactérias e parasitas que poderão resultar em natimortos. No seguimento deste propósito, a mesma câmara já instalou 2.000 placas de aviso ao longo das pastagens, cujo título é: “O bem-estar dos animais necessita de uma responsabilidade partilhada”. 

“Queremos um bom relacionamento. Entendemos e queremos que as pessoas usem a natureza, mas com o necessário respeito à propriedade de outrem. Muito pouca atenção é dada ao facto dos excrementos dos cães nos prados acabarem na ração, o cidadão também é responsável pelos animais do outro e não apenas pelos seus”, afirmou o Director da Câmara de Agricultura Werner Brugner. A Landwirtschaftskammer Steiermark lembra ainda que qualquer pessoa que deixar lixo ou excrementos de cão num prado poderá ser confrontada com o seu proprietário - o fazendeiro - com um processo de violação de propriedade.

Rudolph Grabner (na foto seguinte), especialista em gado da mesma Câmara de Agricultura, referindo-se a latas de refrigerantes amassadas e a plásticos estilhaçados, indevidamente desleixados nos prados, quando ingeridos pelos ruminantes, neste caso concreto pelos bovinos e ovinos, tendencialmente perfuram a parede do estômago destes animais e atingem o seu músculo cardíaco, causando nele inflamações prolongadas que levam à morte dos animais. 

Afortunadamente, este problema não acontece aqui frequentemente, porque as explorações pecuárias não se encontram perto das cidades e por conseguinte da maior proliferação de cães e dos seus passeios diários. Por outro lado, devido exiguidade das propriedades e à pobreza dos nossos solos, a maioria do nosso gado é criado em regime de confinamento, exceptuando no Alentejo (que tem cada vez menos gado) e em pequenos nichos de exploração espalhados pelo país. O problema colocar-se-á mais aos fins-de-semana, quando alguns citadinos rumam ao interior e soltam por lá os seus cães para borrarem à vontade, distantes dos seus olhos e das suas obrigações, como estão acostumados a fazer nas emporcalhadas calçadas urbanas.

sábado, 29 de maio de 2021

A “TROPA” DE SÁBADO

Aos Sábados há um grupo de alunos que raramente falta às aulas e que prescinde de passar a manhã na cama, porque tem os seus cães em alta consideração e quer ir mais além na interacção interespécies, gente que faz da cumplicidade e da recompensa método de ensino para melhor valer e aproveitar os seus cães. Enquanto outros dormem, eles marcham seguros e inabaláveis rumo aos objectivos que traçaram, binómios tornados irmãos pelo trabalho comum e pela divisão do esforço, que ao marcharem lado a lado, muito espantam quem os vê passar e trabalhar.

Os trabalhos de hoje incidiram sobre as obediências linear e dinâmica, na condução à trela e em liberdade, para além de alguns exercícios relativos à sociabilização inter pares. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Gonçalo/Ária; José António/Doc; José Maria/ Süße; Noé/Ruky; Paulo/Bohr e Pedro Baptista/Lord. A reportagem fotográfica foi da autoria do Adestrador e a montagem do Paulo Jorge. Devido ao excessivo calor que se fez sentir, o Plano de Aula sofreu alteração para que condutores e cães não fossem sobrecarregados gratuitamente. Dentro em breve, assim que o tempo estabilize, as nossas actividades passarão para o horário de Verão. Um bom fim-de-semana para todos!

A CARAVANA DA ALEGRIA

 

Sempre que descemos à cidade para sociabilizarmos os nossos cães e acostumá-los ao seu buliço, constituímo-nos automaticamente numa caravana de alegria para pequenos e graúdos, que encantados pelos cães, param ao vê-los passar, como se fossem uma miragem ou um sonho acabado de encarnar (assim aconteceu ontem). Na foto acima vemos o FSM Doc e o CPA Bohr diante de uma casa comercial encerrada e adornada com uma pintura urbana aparentemente sem qualquer significado. Na foto que se segue, inspiradora e plena de pujança, vemos uma menina de 7 anos de idade a saltar com o FSM uma espiral de prender bicicletas. A garota correu para nós e nós quisemos que a sua tarde fosse ainda mais feliz, de certa forma inesquecível.

A vinda para a cidade prendeu-se com a necessidade de sociabilização entre iguais do Doc e com o controlo das surtidas da CPA Luna sobre qualquer viandante, desde que encostada a alguém da sua casa e confiança. Na foto abaixo vemos o Doc, a Luna e Keila a executar o “quieto” diante de um bando de pombos a quem estavam a dar de comer. Nenhum cão tugiu nem mugiu e os podem poder comer descansados.

Estranhamente, pois não é seu hábito, a SRD Keila mostrou-se muito insegura e irrequieta, pelo que intentámos aproximar o treino escolar do citadino e pedimos-lhe que passasse por baixo de uma jovem que assistia ao desenrolar dos nossos trabalhos. O condutor da cadela é o Zé, o namorado da Patrícia.

À medida que íamos avançando no terreno, como sempre fazemos, pedimos aos cães que saltassem tudo o que estivesse na sua frente e assim aconteceu. A foto que se segue ilustra um momento desses, quando o FSM Doc, a mando do dono, saltou para cima de uma caixa eléctrica elevada a 120 cm de altura.

A paixão que os actuais jovens têm pelos cães está bem patenteada na foto seguinte, onde aparecem duas meninas que não conhecíamos a afagar o FSM Doc que não se importou nada com o obséquio, muito pelo contrário.

E como quem vem para nós nunca regressa de mãos vazias, convidámos as duas jovens para se constituírem num obstáculo humano. O GIF que se segue é demonstrativo do acerto do cão e do à vontade com que executou aquele salto, de certa maneira duro de fazer atendendo ao piso onde ocorreu.

Agora já mais confiantes com os cães, passámos o FSM Doc para a mão da mais alta delas e ensinámos-lhe a executar o tricomando básico, conforme se pode ver no GIF abaixo. O cão respondeu afirmativamente e a jovem exultou de alegria e espanto. No GIF é de salientar a resposta ao comando de “junto”.

Depois convidámos a outra moça para fazer somente o “deita”, porque apresentou alguma dificuldade na apreensão dos comandos. O Fila obedeceu prontamente à voz e sentiu-se tão confortável com aquela condutora tão tenrinha, que acabou por deitar a cabeça sobre uma das mãos.

Com uma mesa de jardim à nossa disposição, colocámos cada cão a uma esquina na posição de “deita”, com os cães distantes 3 m dos donos, com uma estrada por perto, na presença de cães estranhos e com transeuntes a passar.

No finalzinho da nossa excursão, como já o mencionámos atrás, encontrámos duas meninas expeditas, alegres e irrequietas que frequentam o 2º ano do ensino básico, decidindo cada uma apadrinhar um dos nossos cães, dando-lhes o carinho que entenderam.

Entre quatro repuxos bem-vindos num dia de calor, tal qual um cão de loiça ou cão-estátua, sentámos o Doc no seu centro para espanto de quem por ali passava. Este cão não apresenta problemas no “quieto” e executá-lo-á irrepreensivelmente quando estiver insofismavelmente sociabilizado.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Clarinda/Luna; José/Keila; José António/Doc e Paulo/Bohr. A reportagem fotográfica foi da responsabilidade do José António e do Paulo Jorge, cabendo ao último também a montagem. A tarde esteve amena e todos regressámos a casa alegres e descontraídos.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

GUARDA-REDES ATROPELA CÃO COM CORTA-RELVA

 

É sabido que de tanta pancada que apanham na cabeça, muitos pugilistas profissionais acabam com danos irreversíveis no cérebro. O que eu não sabia e fiquei a saber é que os guarda-redes também têm um pouco de tontos para jogarem naquela posição, onde apanham por tabela e podem ficar com sequelas, apesar das actuais leis do jogo os protegerem. Penso que não seja este o caso de Martin Hansen, um dinamarquês de 30 anos, ex-guarda-redes do FC Basel, clube de futebol da cidade suíça de Basileia e agora guarda-redes do Hannover96, clube de Hannover, na Baixa Saxónia, a jogar na segunda divisão alemã.

Este atleta de alta competição, ao decidir cortar a relva do seu jardim, acabou por cortar com o corta-relva, inadvertidamente, o seu Buldogue Francês, de quem se havia esquecido quando decidiu jardinar. Depois do trágico e insólito acidente, o pobre cão foi levado a uma clínica veterinária com um grave ferimento numa das pernas. Felizmente salvou-se mas foi-lhe amputada uma das pernas (andar a passo e a galope conseguirá, em marcha é que nunca mais). 

Um dia depois do acidente, toda a equipa do Hannover96 foi colocada de quarentena, mas Hansen livrou-se dela antes dos seus companheiros e não são conhecidos detalhes. Referindo-se ao assunto, o clube disse apenas que o guarda-redes tinha “motivos pessoais urgentes”, pelo que se depreende que esses motivos estejam relacionados com o acidente. Na ocasião, onde é que o guarda-redes teria a cabeça? Provavelmente no próximo jogo! Para a próxima vez, quando ouvir o corta-relva a trabalhar, mesmo só com 3 pernas, o cão irá pôr-se a milhas! 

CRIMES DA VELHA NA NOVA BRANDENBURG

 

Longa vida, paz, prosperidade e bem-estar para a cidade alemã de Neubrandenburg e para os seus habitantes, porque a Brandenburg original foi incendiada, palco de muitas guerras, chacinas e suicídios. Entre tanta e tamanha desgraça que ali ocorreu, basta falar de dois momentos: A Guerra dos Trinta (1618-1648) e o Final da II Guerra Mundial. Na Guerra dos 30 anos nenhuma das partes fez ali prisioneiros, todos foram mortos, desempenhando a cidade um papel sanguinário único numa das guerras mais brutais da história. Poucos dias antes do final da II Guerra Mundial, 80% da cidade foi queimada pelo Exército Vermelho através de um grande incêndio. Para além da destruição operada e das vítimas, antes e depois do incêndio, 600 pessoas cometeram suicídio. Desde o final deste conflito mundial, a maioria dos edifícios de relevância histórica têm vindo a ser reconstruídos. Hoje Brandenburg foi notícia nos media ligados aos animais de estimação por causa da morte de um cão que comeu um engodo envenenado e que teve que ser abatido por causa disso.

De acordo com a associação de protecção aos animais local, a Tierschutzverein Neubrandenburg (TSV), um cão jovem morreu em Neubrandenburg vítima de uma isca venenosa que também continha uma lâmina de barbear, engodo que se encontrava colocado no novo cemitério da zona leste da cidade. O crime aconteceu no início da semana e o animal teve que ser abatido, segundo disse Ingeborg Graumüller da TSV ao Nordkurier. A polícia não tem conhecimento do incidente, provavelmente por ainda não ter sido qualquer queixa. Todavia, aproveitou para dizer que “violar a lei do bem-estar animal é crime.” Num episódio relatado no passado mês de Abril, também em Neubrandenburg, um engodo envenenado ceifou a vida a outro cão. A TSV reclama por avisos nos locais em que os engodos são encontrados ou fizeram vítimas. Ergueu-se das chamas uma nova cidade, mas os criminosos da antiga parecem também ter emergindo das cinzas. Oxalá sejam apanhados e condenados severamente. Entretanto, se os donos circularem com os seus cães atrelados e comodamente açaimados, dificilmente estes bandidos conseguirão atingir os seus nefastos objectivos. 

À BOLEIA DO BOHR

 

À boleia do CPA Bohr, levámos o cachorro CPA Ruky para a cidade, para dar continuidade ao trabalho desenvolvido na Pista Táctica, que tem incidido sobre a condução descontraída à esquerda (“junto”) e o “quieto”, para que futuramente o Noé consiga conduzir o cachorro comodamente e em segurança. Na foto acima vemos o Bohr sentado à frente de uma conhecida casa de jogo na companhia do seu dono. Presença habitual na cidade, vemos o Bohr deitado ao lado de uma simpática senhora, que apesar da idade ou por causa dela, ainda sabe vestir-se elegantemente (foto abaixo).

O primeiro “quieto” que pedimos ao Ruky foi à porta de um restaurante, numa hora de pouco movimento e com uma movimentada estrada na sua frente, onde o sentámos durante breves instantes devido à euforia que trazia, ao lado do “Chef” para compor a fotografia.

Valendo-nos de uma agradável piscina decorativa, infelizmente colocada num sítio pouco visto e apesar da pouca luz ao final da tarde, tirámos uma foto ao Bohr de pé para aproveitarmos o seu reflexo na água. O reflexo está lá, a entrada de luz é que não.

Tal qual dois sentinelas, colocámos os dois CPA’s sentados e quietos à porta de um restaurante já encerrado, num largo muito movimentado onde é costume realizar-se concertos musicais. Os cães encantaram as gentes e houve quem não resistisse em acariciá-los, como já é costume.

Simulando uma acção real, hoje cada vez menos frequente porque não há ninguém que não tenha um telemóvel, pusemos o Noé a “telefonar” para a sua cara-metade, aguardando o Ruky o final da conversa.

Para compor o retrato, já que o boneco (estátua) parecia fugir de algo, demos-lhe uma razão para amarinhar ao pôr o CPA Bohr a olhar para ele. O cão ficou ali porque foi mandado, agora aquela estátua ou escultura não sei o que representa, o que está ali a fazer e para que serve (os cães sabem o que fazer com ela), lembrando de imediato um carteirista a pôr-se em fuga. Se porventura é uma alusão às artes dramáticas, então estará mais perto dos “robertos” que se exibiam antigamente em mercados e feiras do que de outra arte de representação.

Reproduzindo velhos guardiões de pedra em templos da Antiguidade, imobilizamos os dois cães na posição de “deita” sobre um corrido banco de mármore pouco concorrido, desprezado pelo sol e incompreensivelmente escondido. Pela foto, mesmo sem serem vistos, sabe-se perfeitamente onde se encontravam os donos.

Eis o Ruky em todo o seu esplendor, um bebé matulão que é um “produto acabado” e próprio para reprodução, uma força da natureza que aos 8 meses já vai a caminho dos 50 kg, um CPA traquinas com cabeça, osso, altivez, força e poder, um típico “cão a mais” tendo em conta o seu condutor.

O Noé, que é sem dúvida o “mister simpatia” da escola, o que muito apreciamos, precisa de maior atenção, concentração, empenho, rigor e resiliência (ambição até) quando conduz o Ruky, de ser constante e de se agarrar aos procedimentos, porque doutro modo será sempre o cão a marcar-lhe o andamento e a levá-lo a passear, o que infelizmente ainda acontece. Se o Noé não mudar de comportamento é mais do que certo que o Ruky transformar-se-á num doidivanas de pouco ou nenhum préstimo, levando com os seus excessos tudo à sua frente. Digo isto porque amiudadas vezes tenho conduzido este cão e o seu comportamento comigo é excelente, não espelhando as loucuras visíveis nas mãos do dono. O Noé vai ter que mudar para ser um líder capaz e nós estamos cá para o ajudar.