Cinco
anos após a morte do seu Labrador Marley, Alicia e David Tschirhart, moradores
no Estado da Califórnia/USA, decidiram cloná-lo e pagaram 50.000 dólares à
empresa ViaGen Pets para o fazer, conforme relata a CNN.
O clone veio a chamar-se
Ziggy e de acordo com a empresa da clonagem, tem exactamente os mesmos genes do
desparecido Marley. E nisso é a sua dona peremptória: “Eles têm a mesma
personalidade, brincam da mesma forma e preferem os mesmos brinquedos".
A clonagem de animais,
ainda proibida em França, já acontece um pouco por toda a parte, apesar de só
ter sido relatada na Coreia do Sul, na China e nos Estados Unidos. As
associações de bem-estar animal contestam a necessidade da clonagem face ao
número de cães que esperam ser adoptados e ao dos que anualmente são abatidos.
A ViaGen defende-se e adianta que os cães clonados recebem “o mais alto nível
de cuidados, nutrição e respeito” e que “o número de animais clonados é pequeno
quando comparado com o dos animais de abrigo”, pelo que não acha que a clonagem
esteja a piorar a situação.
Eu penso que nada
conseguirá acabar definitivamente com o abandono dos animais, como ninguém
ainda conseguiu acabar com o crime, apesar das duras penas de cadeia e da
condenação à morte, porque a natureza humana tem tanto de boa como de má e
ninguém se consegue transformar a si mesmo por decreto ou por um projecto de
boas intenções. Agora que os cães ao morrer têm que ser incinerados e isso
custa dinheiro, não irão faltar por aí donos a enterrar cães e a declarar que
eles fugiram por ocasião da sua morte. Facilmente se concluiu que a primeira
causa do abandono canino é que há gente a mais com cães ou que jamais deveria
tê-los.
Se os cães no futuro forem
só confiados às pessoas certas e entendidos segundo as suas mais-valias
(necessidade), estou em crer que a clonagem, ao diminuir a margem de erro e ao garantir
a qualidade procurada, irá contribuir decisivamente para o menor desprezo dos
cães e o seu consequente descarte. Eu não temo a clonagem de animais e penso
até que ela poderá “ressuscitar” espécies extintas e salvar outras da extinção - o problema jamais estará na clonagem, mas no uso que lhe vierem a dar!
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