O Gabão, país situado na
costa atlântica da África central, 88% coberto de floresta que abriga uma
concentração excepcional de gorilas e chimpanzés, quer evitar a propagação do
coronavírus nos grandes símios, já que os vírus respiratórios que afectam os
seres humano são-lhes facilmente transmitidos devido à proximidade entre as
espécies, conforme disse na Segunda-feira Christian Tchemambela, secretário
executivo interino da Agência Nacional de Parques Nacionais do Gabão (ANPN). "Decidimos
encerrar as visitas turísticas aos grandes macacos nos nossos parques, a fim de
evitar qualquer risco de contaminação do homem para o animal" – disse ele.
Desde Sexta-feira que o
governo gabonês tomou medidas drásticas para combater a propagação do Covid-19
no seu território, como o encerramento de escolas, bares e discotecas, depois
que um primeiro caso foi ali declarado no dia anterior, um indivíduo de 27 anos
que tinha voltado da França. Como atrás se disse, as autoridades gabonesas
estão também preocupadas com a transmissão do vírus aos primatas e têm razões
para isso. Em 1995, uma epidemia do vírus Ébola matou mais de 90% dos gorilas
no norte do país.
Nos últimos anos foram
desenvolvidos programas de habituação de primatas em vários parques, no intuito
de atrair visitantes e financiar a protecção da vida selvagem através da renda
do ecoturismo. “Por causa do novo coronavírus, os seres humanos em contacto com
estes primatas podem constituir uma ameaça”, explica Tchemambela, adiantando
também que o pessoal que trabalha nos parques onde existem esses programas será
sujeito a uma “quarentena de 14 dias”.
Pelo que tem sido
adiantado pelos organismos de saúde internacionais, cães e gatos não transmitem
o coronavírus aos humanos. Podemos ter a mesma certeza em relação aos símios?
Esta é uma pergunta que queria ver respondida e para a qual vou procurar
resposta. Se os primatas podem ser infectados por humanos, o Jardim Zoológico
não deveria encerrar e os seus trabalhadores ser sujeitos a quarentena?
Sem desesperar, continuo
com a impressão que se sabe muito pouco sobre o Covid-19. Oxalá desapareça à
mesma velocidade com que apareceu!
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