Debaixo da luz de Lisboa
que se estende até aos seus arredores mais a sul, única de tão branca que é,
iniciámos os nossos trabalhos de ontem, como uma classe maioritariamente de cachorros,
a quem importa instruir bem, sem sobressaltos e naturalmente, sem o concurso do
comando “não”, que está proibido de entrar e que cedeu lugar à recompensa. A ênfase
na obediência recaiu sobre os comandos de “quieto” e “aqui”, comandos que a
nossa Tabela de Crescimento Funcional reclama para o ciclo infantil que decorre
entre os 4 e os 6 meses de idade. Na foto acima vemos o José António a deixar o
Doc em “quieto” e na seguinte a chamá-lo mediante o comando de “aqui”.
Também o João procedeu à
instalação dos mesmos comandos na Cuia, a simpática Rafeira Alentejana que está
a evoluir para além das expectativas, apesar dos seus desaprumos e dificuldades
articulares, problemas que não a impedem de gostar das aulas.
A Svetlana e o Vlad estão
a constituir-se num verdadeiro binómio e têm levado de vencida as metas que
lhes tem sido propostas e alcançado os objectivos a que se propõem. Na foto
abaixo vemo-los num dos momentos da instalação do comando de “quieto”.
Para alcançarmos o comando
de “deita” sem estafarmos os cachorros, alternámos este comando de imobilização
com os outros dinâmicos que impedissem a sua saturação, tirando partido da
obediência circular e colectiva.
A fixação do comando de “deita”
foi operada sobre um plano elevado para aproximar os condutores dos cães e
alcançar o este condicionamento pela minimização do esforço humano. Na foto seguinte
vemos o Vítor a deitar o SRD Simão.
No mesmo local e a
efectuar o mesmo trabalho, ainda que com a cadela desalinhada, podemos ver o João
a ordenar à Cuia que se deite. A cadela parece “não estar pelos ajustes”, mas
depois, com paciência e carinho, lá se dispôs a obedecer.
Para reforço do comando de
“junto”, convidámos os binómios presentes para a execução de um slalom, que
aconteceu com recurso à recompensa. Na foto seguinte vemos o desempenho da Sveta
com o Vlad.
Com o inesperado calor que
se fez sentir, fomos obrigados a parar amiúde e a proceder a vários momentos de
supercompensação. Na foto abaixo, durante a execução do Slalom, é possível ver
o cansaço do Doc, que dali foi imediatamente para o descanso.
Lembrando o “Indiana Jones”
numa das suas múltiplas aventuras, num tanque rodeado de serpentes, podemos ver
o João Afonso acompanhado pela sua fiel cadela (sombra) “Nasha”, com a qual faz
binómio para o que der e vier.
Como decorria uma feira de
velharias mesmo ao nosso lado, convidámos a Fia Nasha para posar na frente de
um quadro alusivo a uma batalha naval ocorrida no passado. Este trabalho não
feito somente “para a fotografia”, mas visou principalmente a sociabilização do
animal.
Debaixo do mesmo propósito,
colocámos o Doc na frente de uns garrafões de vidro colorido, daqueles que
antigamente se usavam em diferentes lojas de comércio. A colocação do cachorro
ali, para além da sociabilização exigida, procurou a sua adaptação a um ecossistema
movimentado, o reforço do comando de “quieto” e o robustecimento do seu
carácter.
Noutro stand da mesma
feira, onde se comprava, trocava e vendia notas e moedas, enriquecemos o
anúncio com a presença da Nasha, que com cara de poucos amigos, parecia estar a
guardar aqueles valores, quando na verdade estava a aprender a permanecer, por
tempo indeterminado, num local que lhe seja ordenado.
Também o Doc foi convidado
a permanecer ao lado de uns candeeiros de tecto, mercadoria frágil para
emparceirar com um cachorro de 4 meses cheio de vida. Mas como o cachorro não é
só grande em tamanho, tudo correu sem novidade.
Depois foi a vez da Nasha
pousar ao lado de “Águias” e “Leões”, no mesmo dia em que o Benfica foi empatar
a Setúbal e o jogador Pizzi falhou um penálti ao dar um inesperado pontapé na
areia. Alheia a isso tudo e indiferente a clubismos, a Nasha não partiu a
loiça.
Ao contrário da cadela,
que é ajuizada e muito, os meninos Tiago e Pedro andam constantemente à
pancada. Para que não se esmurrassem mais uma vez, pusemo-los sentados em duas
cadeiras com o velho Fila Ben a servir de polícia.
Participaram
nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; João/Cuia; José António/Doc;
José Maria/Mel; Paulo/Bohr; Svetlana/Vlad e Vítor/Simão. A reportagem
fotográfica esteve a cargo dos mesmos; os trabalhos decorreram sem novidade e
segundo os seus propósitos e o tempo esteve de feição. Para a semana voltaremos
e desejamos a todos um resto de fim-de-semana feliz.
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