Para melhor entendermos as
implicações da administração de comida enlatada aos cães, vamos primeiro
dividi-los em cachorros e cães adultos. No que aos cachorros diz respeito, se
nunca comerem comida de lata tanto melhor e vamos já explicar porquê. Quando
criamos um cachorro com ração e um reforço diário de comida fresca, tendo como
parâmetro a tabela de crescimento para a sua raça e conferimos semanal/mensalmente
o seu peso e altura, sabemos pela experiência que a esporádica substituição do
penso diário por uma lata industrial de comida acaba por revelar-se um
desastre, porque as fezes tornam-se mais pastosas, menos formadas e pode haver até lugar a diarreia.
Se o objectivo da
distribuição do reforço de comida fresca é o de criar um cachorro de acordo com
a altura e envergadura da sua raça, a sua substituição por comida enlatada pode
atentar e normalmente atenta, contra este propósito e contra a saúde do animal,
porque as fezes tornar-se-ão mais líquidas e o que se ganhou durante a semana,
acaba por perder-se no fim-de-semana se distribuirmos ao animal tal comida
enlatada industrial.
A somar a isto, é comum os
cachorros “perderem o apetite” nos dias seguintes à administração da comida
enlatada, na esperança que lhes dêem mais, tornando-se deste modo gulosos e
selectivos no comer, o que a acontecer poderá alterar a sua morfologia e
torná-los pernaltas por obstar ao seu desejável crescimento, particularmente
quando se encontrarem próximo da maturidade sexual. A alternância, nem que seja
só por um dia semanal, entre o penso de comida fresca e o alimento enlatado,
vai fazer com que o peso dos cachorros ande num constante vaivém, ora mais
pesados, ora mais leves e só a recuperar aquilo que se perdeu, algo parecido,
mas inverso às conhecidas “dietas yo-yo” que tanto arreliam certas senhoras.
Pelas mesmíssimas razões não
distribuímos ossos aos cães durante o seu crescimento, petisco que mais adoram,
para que não desprezem a comida em proveito dos ossos, comprometendo
assim o seu crescimento harmonioso. É evidente que nesta fase etária somos
obrigados a compensar a ausência dos ossos tal como se apresentam, recorrendo
invariavelmente a alimentos que os têm na sua composição e que garantem as suas
propriedades.
Actualmente são cada vez
mais os profissionais que fazem do histórico “dia de jejum” dos cães uma ocasião
semanal para recompensá-los com a distribuição de ossos frescos. Se só deverá
dar comida enlatada a um cachorro em último caso, o mesmo deverá observar-se
com um cão adulto, que não precisa de latas para nada face à qualidade de várias
rações secas existentes no mercado. E quando temos um cão à solta, que passa a
noite num quintal ou numa quinta, a última coisa que deveremos dar-lhe é comida
confeccionada ou enlatada, porque esse hábito poderá condená-lo à morte graças às
intenções e aos iscos de gente assassina.
Penso que já está na hora
de aprender a cozinhar para o seu cão. Se quiser aprender a fazê-lo, temos
várias receitas pouco dispendiosas, equilibradas e comprovadas ao seu dispor,
basta contactar-nos que as adiantaremos gratuitamente.
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