segunda-feira, 9 de março de 2020

COMIDA ENLATADA? SÓ EM ÚLTIMO CASO!

Para melhor entendermos as implicações da administração de comida enlatada aos cães, vamos primeiro dividi-los em cachorros e cães adultos. No que aos cachorros diz respeito, se nunca comerem comida de lata tanto melhor e vamos já explicar porquê. Quando criamos um cachorro com ração e um reforço diário de comida fresca, tendo como parâmetro a tabela de crescimento para a sua raça e conferimos semanal/mensalmente o seu peso e altura, sabemos pela experiência que a esporádica substituição do penso diário por uma lata industrial de comida acaba por revelar-se um desastre, porque as fezes tornam-se mais pastosas, menos formadas e pode haver até lugar a diarreia.
Se o objectivo da distribuição do reforço de comida fresca é o de criar um cachorro de acordo com a altura e envergadura da sua raça, a sua substituição por comida enlatada pode atentar e normalmente atenta, contra este propósito e contra a saúde do animal, porque as fezes tornar-se-ão mais líquidas e o que se ganhou durante a semana, acaba por perder-se no fim-de-semana se distribuirmos ao animal tal comida enlatada industrial.
A somar a isto, é comum os cachorros “perderem o apetite” nos dias seguintes à administração da comida enlatada, na esperança que lhes dêem mais, tornando-se deste modo gulosos e selectivos no comer, o que a acontecer poderá alterar a sua morfologia e torná-los pernaltas por obstar ao seu desejável crescimento, particularmente quando se encontrarem próximo da maturidade sexual. A alternância, nem que seja só por um dia semanal, entre o penso de comida fresca e o alimento enlatado, vai fazer com que o peso dos cachorros ande num constante vaivém, ora mais pesados, ora mais leves e só a recuperar aquilo que se perdeu, algo parecido, mas inverso às conhecidas “dietas yo-yo” que tanto arreliam certas senhoras.
Pelas mesmíssimas razões não distribuímos ossos aos cães durante o seu crescimento, petisco que mais adoram, para que não desprezem a comida em proveito dos ossos, comprometendo assim o seu crescimento harmonioso. É evidente que nesta fase etária somos obrigados a compensar a ausência dos ossos tal como se apresentam, recorrendo invariavelmente a alimentos que os têm na sua composição e que garantem as suas propriedades.
Actualmente são cada vez mais os profissionais que fazem do histórico “dia de jejum” dos cães uma ocasião semanal para recompensá-los com a distribuição de ossos frescos. Se só deverá dar comida enlatada a um cachorro em último caso, o mesmo deverá observar-se com um cão adulto, que não precisa de latas para nada face à qualidade de várias rações secas existentes no mercado. E quando temos um cão à solta, que passa a noite num quintal ou numa quinta, a última coisa que deveremos dar-lhe é comida confeccionada ou enlatada, porque esse hábito poderá condená-lo à morte graças às intenções e aos iscos de gente assassina.
Penso que já está na hora de aprender a cozinhar para o seu cão. Se quiser aprender a fazê-lo, temos várias receitas pouco dispendiosas, equilibradas e comprovadas ao seu dispor, basta contactar-nos que as adiantaremos gratuitamente.

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