quarta-feira, 25 de março de 2020

FRANÇA ACONSELHA CAUTELAS

Não há até ao momento evidências de contaminação do Covid-19 por animais, mas convém tomar algumas precauções, uma vez que o coronavírus SARS de 2002 era transmissível por animais. Mesmo que não haja evidências científicas de que os animais transmitam o Covid-19, a Académie Nationale de Médecine convocou nesta quarta-feira os proprietários caninos para aplicar alguns princípios preventivos, porque o coronavírus SARS 2002-2003, geneticamente próximo do actual, poderia ter sido "isolado em várias espécies animais" e porque "dois cães foram testados positivamente" em Hong Kong, cujo proprietário estava infectado com o Covid-19.
No entanto, observa a mesma entidade científica, o primeiro cão teve uma "taxa de vírus muito baixa" e os testes seguintes foram "negativos". Se o segundo cão ainda estiver sob vigilância, nenhum dos dois animais apresentou sinais clínicos. Mas “estes dados científicos sugerem que o Covid-19 pode ser transmitido aos cães pelo proprietário infectado". Por outro lado, "nada indica" que os cães "possam, por sua vez, contaminar" seres humanos ou outros animais, insiste a instituição.
Uma vez que a ANSES (Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de l'environnement et du travail) e a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) consideram a transmissão via animais como “improvável” (não impossível), a atrás citada Academia recomenda, no entanto, que os proprietários caninos "reforcem as medidas usuais" lavando as mãos regularmente ao cuidar dos animais e não consentir que estes lhes lambam o rosto.
A mesma Academia aconselha a separação do animal de estimação do seu proprietário durante o período em que este se encontra infectado pelo vírus, porque ele pode tossir. Neste caso, “na medida do possível, deve criar-se uma quarentena para limitar qualquer contacto próximo do animal com outros membros da família", disse a Academia, que lembrou também que "numa casa onde há uma pessoa infectada com o Covid-19, o risco das pessoas que vivem sob o mesmo tecto contraírem a pandemia está muito mais vinculado ao contacto com a pessoa doente do que com o animal". A Académie Nationale de Médecine termina dizendo que “o animal de estimação é muito mais amigo do que um perigo”.

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