Não
há até ao momento evidências de contaminação do Covid-19 por animais, mas
convém tomar algumas precauções, uma vez que o coronavírus SARS de 2002 era
transmissível por animais. Mesmo que não haja evidências científicas de que os
animais transmitam o Covid-19, a Académie
Nationale de Médecine convocou nesta quarta-feira os proprietários caninos para
aplicar alguns princípios preventivos, porque o coronavírus SARS 2002-2003, geneticamente
próximo do actual, poderia ter sido "isolado em várias espécies
animais" e porque "dois cães foram testados positivamente" em
Hong Kong, cujo proprietário estava infectado com o Covid-19.
No
entanto, observa a mesma entidade científica, o primeiro cão teve uma
"taxa de vírus muito baixa" e os testes seguintes foram
"negativos". Se o segundo cão ainda estiver sob vigilância, nenhum
dos dois animais apresentou sinais clínicos. Mas “estes dados científicos
sugerem que o Covid-19 pode ser transmitido aos cães pelo proprietário
infectado". Por outro lado, "nada indica" que os cães
"possam, por sua vez, contaminar" seres humanos ou outros animais,
insiste a instituição.
Uma
vez que a ANSES (Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation, de
l'environnement et du travail) e a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal)
consideram a transmissão via animais como “improvável” (não impossível), a
atrás citada Academia recomenda, no entanto, que os proprietários caninos
"reforcem as medidas usuais" lavando as mãos regularmente ao cuidar
dos animais e não consentir que estes lhes lambam o rosto.
A
mesma Academia aconselha a separação do animal de estimação do seu proprietário
durante o período em que este se encontra infectado pelo vírus, porque ele pode
tossir. Neste caso, “na medida do possível, deve criar-se uma quarentena para
limitar qualquer contacto próximo do animal com outros membros da
família", disse a Academia, que lembrou também que "numa casa onde há
uma pessoa infectada com o Covid-19, o risco das pessoas que vivem sob o mesmo
tecto contraírem a pandemia está muito mais vinculado ao contacto com a pessoa
doente do que com o animal". A Académie Nationale de Médecine termina
dizendo que “o animal de estimação é muito mais amigo do que um perigo”.
Sem comentários:
Enviar um comentário