quarta-feira, 25 de março de 2020

NOVA-IORQUINOS EM CONTRACORRENTE

Com o coronavírus a entrar desenfreadamente pelos Estados Unidos adentro os nova-iorquinos, como não estão dispostos a sofrer de stress e isolamento durante a quarentena, desataram a correr aos abrigos de animais para adoptarem cães, corrida generalizada para qualquer idade, sexo, posição social ou credo e que acaba por ser uma excelente notícia para aqueles que despendem as suas energias na adopção de animais.
Numa altura em que na Europa cresce o abandono forçado dos cães e gatos, este movimento nova-iorquino é descaradamente contracorrente. O que acontecerá aos cães daqueles que morrerem ou forem hospitalizados? Sujeitos a pressão continuada, debaixo de sofrimento e às portas da morte poucos suportam ficar sós, sejam homens ou mulheres e, nestas horas, à falta de melhor, todo o cãozinho é bem-vindo! E depois? Depois…logo se verá! Diante do actual panorama, adoptar animais nestas circunstâncias, outra coisa não é que “adoptá-los a termo incerto”!
Porém, compreendo perfeitamente esta opção de alguns nova-iorquinos, particularmente diante do Presidente que têm, Donald Trump, que de tão contraditório que é, não transmite confiança aos Estados Unidos nem ao Mundo. O coronavírus é um problema de somenos importância para ele e o que mais lhe interessa são os números da economia a crescer, no que lembra o “Tio Patinhas” personagem de banda desenhada da Walt Disney, cujo nome em inglês, “Scrooge McDuck”, pode ser traduzido como “McPato Avarento”, McPato Forreta” ou “McPato Sovina”.
Este magnata que se tornou Presidente dos Estados Unidos, que poderia ser chamado de “Ronaldinho Capucho”, é mais ignorante em muitas matérias do que o cidadão médio europeu, perito no dar o dito por não dito e capaz de dar cabo de meio mundo para dominar sobre os demais, daí não se preocupar com o aquecimento global e as alterações climáticas.
A política internacional até aqui adoptada tem sido a do “salve-se quem puder”. À imitação da Itália, que em vão esperou ajuda dos seus parceiros franceses e alemães na luta contra o Coronavírus, também a Espanha acabou por levar com “a porta nas ventas” ao pedir ajuda à NATO, organização que disse ao Governo Espanhol que procurasse ajuda junto dos países aliados, numa clara manifestação de “vai chatear outro” ou de “vai bater a outra porta”.
Deseja-se que o Covid-19 seja controlado mais depressa na América e que ali não faça mais vítimas. E, quanto aos nova-iorquinos, que desfrutem da boa companhia que procuraram para a presenta quarentena – God bless America!

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