Antes de mais nada importa
esclarecer por que razão anda o Slinky com um “estrangulador-de-bicos” ao
pescoço, porque apesar do Homem ter arranjado freio para toda a besta, nunca
conseguiu arranjar um eficaz contra a má-língua. Se os nossos leitores virem com atenção as
fotos que constam deste artigo, verão certamente que o
estrangulador em causa se encontra com os bicos virados para fora. Virado para
fora porquê? - perguntarão. Virado para fora para o proteger dos ataques de alguns
cães adultos que deambulam pelas ruas soltos, que ao julgá-lo adulto poderão cair sobre
ele sem qualquer piedade.
Na marcha diária que
empreendemos com o Slinky sempre tiramos partido dos obstáculos artificiais colocados
à nossa frente. Desta vez servimo-nos de um vulgar encosto circular de
bicicletas como túnel, obstáculo que rapidamente foi executado em liberdade sem
qualquer reparo.
A ênfase do dia recaiu
sobre o comando de “AQUI”, condicionamento alcançado com recurso a uma trela
extensível de 8m, primeiro exemplificado pelo adestrador e depois realizado
pelo condutor do Rottweiler, tudo isto à sombra de um Mosteiro com alguma relevância
histórica e a quem Mestre Diogo Boitaca não é alheio (nem tão pouco a ama de D.
Manuel I).
Como se pôde ver na foto
anterior, o cão acabou por executar o comando em liberdade, perfazendo as sete
ordens que o compõem, a saber: “Quieto”, “Aqui”, “Roda”, “Junto”, “Alto”, “Senta”
e “Deita”. Escusado será dizer que o fez em todas a direcções, a comprová-lo
está a foto seguinte que testemunha também a alegria presente na execução e no
semblante dos seus executores.
Não temos dúvida que o
Slinky virá a ser um Rottweiler de igual valor aos que ensinámos no passado. E
se porventura tivermos que virar o estrangulador de bicos será para o dono,
para que aprenda as mais-valias da técnica, a ser paciente e menos impulsivo, porque
assim como ele tem cão e que cão tem, também o animal irá precisar de um dono sempre
pronto a ajudá-lo e que não se exceda, que o ame, respeite e compreenda,
condições de que não poderá abrir mão por serem indispensáveis ao seu bem-estar.
Sem comentários:
Enviar um comentário